Um turbilhão de ideias!

O mundo

Paixão pela Geografia.

Mapa múndi antigo

Mapa do Mundo de I. Evans - 1799.

Globos terrestres

Decorativos e lindos.

Geografia física

Estudar o físico para entender o humano.

Geopolítica

A arte de entender o mundo.

Governo Lula!

É gente, está acabando. E o governo mais demagógico que o Brasil já teve está no fim. Nada que não possa ser piorado pela versão de saias do Lula, que foi eleita para presidir o país a partir de amanhã.
O Lula é a cara do Brasil, sou obrigado a admitir. Semi-analfabeto, burro, manipulável. Não confundamos por favor "burro" com "esperto". Isso o Lula é, imagina sair do governo federal depois de oito anos no poder com aprovação de 87%, é quase inacreditável. Se eu não soubesse que os alunos saem das escolas do Brasil analfabetos eu realmente não acreditaria. Mas é essa a verdade.
Vejo quatro tipos de pessoas que gostaram do governo Lula:
1. Os "Companheiros", que receberam benefícios, cargos públicos sem concurso, dinheiro roubado dos contribuintes, favores, cartões corporativos, mensalões, gente que faz dossiês e todos os tipos de vigaristas que esse país já produziu. Tudo que há de pior no mundo em termo de "gente" havia no governo Lula, inclusive o Sarney, o Temer, o Collor, o Maluf, todos que outrora eram a personificação do capeta viraram amiguinhos da quadrilha petista. Todas as formas de roubar dinheiro público de forma escancarada foram usados por esse governo, tudo isso escondido por trás da popularidade do presidente, o chefe dos ladrões.
2. Os "ideólogos", aqueles que ainda acreditam piamente em algum tipo de ideologia e acham que o governo acredita em alguma. Esses são os pobres infelizes que se dizem sabidos, estudados e que acham que um partido é de esquerda ou de direita, coitados, ainda acreditam que isso existe. Geralmente são pessoas que pararam no tempo alguns séculos atrás e acham que os problemas do capitalismo financeiro se resolvem com formulações marxistas. Não sei sinceramente se me dá mais dó ou nojo esse tipo de pessoa, que se esquece da realidade do povo e defende o governo por causa de algum tipo de ideologia, agindo de acordo com ela. Lembrem-se do que disse o Zé Dirceu, o do Mensalão e um dos chefes da quadrilha petista, ainda no primeiro governo Lula: "Não existem ideologias". Existe o governo e todos os partidos lutam por ele, apenas isso. Não há projeto para o país, há projeto de poder do partido. Em nome desse projeto vale roubar, matar, ameçar, chantagear e até mesmo usar um fantoche popularesco. Se ele falar errado, tiver barba, faltar um dedo e provocar risos na platéia, melhor ainda. Voltamos à era do Pão e Circo.
3. A "grande massa de iletrados" que compõe o povo brasileiro em sua maioria. Não frequentaram a escola e, se frequentaram ficavam satisfeitos com uma lata de leite para continuar comparecendo. Praticamente não existe mais repetência e não é necessário que as crianças aprendam na escola, apenas que estejam na escola para melhorar o IDH brasileiro e a boa imagem do país no cenário internacional. Não é coincidência que o número de brasileiros que acham o governo Lula bom ou ótimo é bem perto daquilo que se consida o número real de analfabetos do país (completos + funcionais). A diferença fica com os exemplares da classe rica, bem poucos é verdade, que nunca na história desse país ganharam tanto dinheiro arrancando o couro do resto da população em impostos, tudo isso abençoado pelo ladrão chefe do executivo federal.
4. A "minoria rica" do país, que nunca teve um governo tão favorável à ela. Banqueiros e grandes empresários, ligados ou não ao governo, tiveram grandes vantagens. O país creceu, isso é verdade e a economia do Brasil é hoje a 8ª do mundo. Não é pouca coisa. Apesar disso, temos impostos de Noruega e benefícios sociais do Quênia. A graça dessa história é que não existe diferença entre a taxação do pobre e do rico, a alíquota do Imposto de Renda, por exemplo, é igual. Isso significa, na prática, que os mais pobres não pagam esse imposto por não alcançarem renda e a classe média paga uma porcentagem absurdamente maior dos seus rendimentos do que uma pessoa rica. Por isso o governo federal ficou tão contente com a classe média crescendo no Brasil: mais gente pagando impostos para manter os mais ricos sem pagar proporcionalmente por suas riquezas. Assim é o país, construído e governado pela elite, governando apenas para a elite. Acho que na época do império os brasileiros não pagavam tantos impostos.
Resumo da ópera, do meu ponto de vista, sobre o governo Lula: nenhuma reforma prometida foi feita (tributária, judiciária, eleitoral, entre outras); os impostos aumentaram como "nunca antes na história"; a educação continua tão ruim quanto no início do governo Lula (para ser otimista); a corrupção tomou conta do país e criou um sentimento de impunidade que vai levar décadas para passar (se passar); a política externa brasileira virou piada internacional pelo relacionamento próximo de Irã, Cuba e Venezuela, governados pelo mais puro lixo que existe em forma humana nesse planeta (não que o Lula e o pt não sejam); a infraestrutura do país melhorou em muito por conta de investimentos PRIVADOS, afinal o governo brasileiro muito ajuda quando não atrapalha. E para grandes empresas sempre existe o dinheiro do BNDES.
A economia melhorou no país de oito anos para cá? Sim, sem dúvida. Mas que fique claro: Lula não inventou a roda, herdou TODO O SEU GOVERNO do tucano FHC. Mas o Lula fica melhor vestido de palhaço. O país, cresceu, apesar do pt e do Lula. Mas o atraso mental a que estamos submetidos está cada vez maior. O país está atolado em dívidas públicas, internas e externas, continuamos com uma das mais altas cargas tributárias e os mais altos juros reais do mundo. Para mim, uma voz solitária e contestada, o governo Lula já vai tarde e não vai deixar saudades. Vai deixar um país com mais dívidas sociais do que qualquer outro, não por falta de dinheiro, mas pelo "saber político" dos governantes, que mantém o povo burro para se manter no poder mais fácil. Vivemos em um país de miseráveis felizes, afinal nada como a ignorância para manter a inocência e a felicidade. Se quiséssemos poderíamos ser uma potência mundial. Ao invés disso nos contentamos com as migalhas do pão e com a lona rasgado do circo. Pobre país, povo feliz. Vai entender.
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O meio ambiente é caro!

No ano de 2010 as águas se tornaram as protagonistas. Derrubaram encostas e diques, mataram pessoas e destruíram propriedades. Leitos de rios ficaram pequenos para o volume de suas águas e invadiram cidades, destruindo casas e famílias, trazendo doenças, fome e sede.
Mas ao invé de se preocupar com as pessoas, as habitações instaladas em lugares de alto risco, em nascentes de rios, na beira de represas ou nas encostas dos morros, nossos políticos pegaram o caminho mais fácil. Quando a cidade de São Paulo inunda por causa do lixo e da impermeabilizaçãodo solo, o prefeito diz que choveu demais. A culpa é "da natureza", que está se vingando de nós porque jogamos gases no oceano de gases que chamamos de atmosfera. Portanto se quisermos culpar alguém pelos deslizamentos de terra, o rompimento de um dique o, transbordamento de um rio ou o alagamento de uma cidade, culpe o clima e a mãe natureza. Porque os políticos e formuladores de políticas públicas não devem mesmo ter culpa nenhuma.
Ao contrário, estão muito ocupados fazendo projetos de lei como a Câmara de vereadores de São Paulo, que quer obrigar todos os moradores da cidade a pintar os telhados de branco, para diminuir o "AGA - aquecimento global antropogênico", ou seja, causado pelo ser humano. Ao fazer isso mostram que estão ligados nas discussões sobre mudanças climáticas, o que é bom, e mostram também que são verdadeiras bestas humanas qunado se trata do assunto. Pintar tudo de branco pode ser muito bonito nas ilhas gregas, mas em uma cidade do porte e com a geografia de São Paulo, é uma verdadeira idiotice querer avançar com um projeto desses. Mas para não dizerem que sou chato, se o projeto for aprovado, combino com algum dos três empregadores que tenho um dia para ficar em casa e acompanhar os técnicos da prefeitura fazendo o serviço. Mas não vou pagar pela tinta nem pelo serviço. Já me basta pagar o mico de fazer inspeção veicular e ver todos os dias carros, caminhões, ônibus e vans soltando fumaça preta à toda, inclusive passando por agentes da CET, que lavram a devida multa mas não recolhem o veículo. Então os idiotas pagam taxa para ter o veículo vistoriado e aqueles que não se preocupam com isso pagam uma multa e está tudo bem? A preocupação não era com o meio ambiente? Então se eu pagar multa eu posso poluir sem problemas? Parece que sim. Agora entendi: tem os que pagam a vistoria e aqueles que pagam a multa. A única diferença é para onde vai o dinheiro e o valor. O meio ambiente realmente não importa. A poluição em São Paulo é uma preocupação menor. Se quiser ler mais sobre isso, acesseo link abaixo, onde discuto sobre o tipo de poluição que atinge as pessoas na cidade e a falta de interesse em reslver o problema.
http://www.territoriogeograficoonline.com.br/site/?modulo=mat&chave=1832&mod=Colunistas
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Educação!

Números e indicadores mostram que a educação no Brasil tem melhorado. Até é verdade, mas não vamos ficar convencidos. Estar mergulhado no esgoto e chegar à tona para respirar não é de se comemorar, a não ser que você não saiba absolutamente nada sobre educação, como é o caso do ministro da educação do governo Lula, Fernando Haddad. Muito fácil brincar com números, dizer que são mentirosos. Muito fácil também fazer como o governo do estado de SP, dizer que colocou dois professores nas salas de aula, aumentou salários pelos resultados obtidos. Muito simples.
Mas na periferia as escolas contunuam castigadas, sem espaços adequados, professores mal pagos e que atuam apenas pelo amor à profissão e aos alunos, convivendo com armas e tráfico de drogas em muitas delas.
A realidade é muito diferente daquilo que pregam os sabe-tudo da educação no Brasil. Os alunos ainda saem das escolas semi-analfabetos, sem preparo para o mercado de trabalho ou para a vida política a que ele teria direito se não fosse um analfabeto político. A palavra é despreparo, tanto da infraestrutura, quando de uma parte do corpo docente. Não sairão bons alunos, salvo raras exceções, de escolar mau preparadas com professores desqualificados, despreparados ou desinteressados. Mas como eu já disse, para mim isso tudo é de propósito e o objetivo é ter rebanhos cada vez mais tranquilos para pastorear. A elite econômica do país prepara seus filhos em escolas boas, eles farão faculdade de boa qualidade e se tornarão a elite pensante e administrativa do país. Para que esse 1% da população continue controlando 90% da riqueza do país. Não importa o que dizem os números: o Brasil continua sendo um país de analfabetos e os brasileiros acham isso legal. Deve ser por não saber fazer contas.
Outra coisa que deve ser destacada na educação do Brasil é a completa incompetência que o governo federal tem de realizar o Enem. Mais uma vez o exame virou motivo de raiva para quem fez a prova e piada para quem não fez. Dessa vez a prova não "vazou" inteira, foi só o tema da redação lá para os lados do Piauí. Mas havia gabarito errado, provas mal montadas, questões sobrando e faltando, folhas de resposta invertidas. Uma nova prova para os nove mil e quinhentos prejudicados foi feita, o que fere o princípio de todo o concurso público de que todos terão igualdade de condições, ou seja, o mesmo tempo para estudar e as mesmas questões para resolver. Se o Brasil fosse um país sério, a prova seria anulada. Mas como somos uma piada de mal gosto...
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Segurança e Cinema!

O sentimento de insegurança assola o povo brasileiro e não é de hoje. Todos estão acostumados a pagar seguro obrigatório dos carros e seguro particular, por exemplo. Os bandidos têm armas melhores e em maior quantidade do que a polícia, que muitas vezes não tem nem coletes à prova de balas. E os policiais recebem salários ridículos para a função que exercem, depois as pessoas reclamam que muitos são corruptos. É brincadeira, não é? O Policial Militar, ao entrar na corporação, recebe um salário de pouco mais de R$ 700,00. Isso significa que a arma de fogo que ele carrega vale mais do que 4 vezes o seu salário, se for uma pistola comum.
Mas o bom exemplo veio de um lugar acostumado ao crime. O Morro do Cruzeiro foi invadido depois que bandidos ameaçaram fazer do Rio de Janeiro um cemitério de carros queimados. Uma associação inédita entre as polícias civil, militar, federal, exército, marinha e aeronáutica fez o que toda força policial faz bem: detém bandidos, até os mata se for necessário. Coibiram o tráfico, apreenderam quase 50 toneladas de drogas, armas incontáveis, carros e motos roubados que dá para fazer leilão. Instalaram Unidades de Polícia Pacificadora nos morros. Pelo menos estão tentando e espero que a paz dure nesses lugares. Os críticos acham que a combinação dessas forças armadas não poderia agir como polícia. Muito bonito falar de longe, dos apartamentos no Leblon no RJ ou dos Jardins aqui em SP. Mas perguntem para um morador da favela se ele prefere a polícia (não a milícia, não confundamos) ou os traficantes de drogas. Pelo que conheço, a maioria prefere a polícia. E a paz que vem junto para a esmagadora maioria de gente de bem que vive nas favelas do Brasil.
Podem dizer o que quiserem mas para mim o grande fenômeno que alavancou essa reação da polícia do estado do Rio de Janeiro foi a excelente recepção do filme Tropa de Elite 2, que mostra a realidade das favelas do ponto de vista da polícia, dos políticos, dos traficantes e das milícias. Nunca na história um filme nacional teve tantos espectadores. Foi o maior público do Brasil no ano, mesmo concorrendo com filmes internacionais. O povo gosta da brincadeira de bandido e mocinho, e sempre torce para o mocinho. Era o aval que as autoridades precisavam para fazer o que fizeram. E estão de parabéns!
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Esporte!

Poucas coisas nos chamam a atenção no esporte em 2010. Vou falar aqui apenas para três coisas, que me chamaram a atenção.
1. O Brasil na copa do mundo. Muitas vezes vemos os brasileiros chegarem em competições internacionais e não aguentarem a pressão. Seja por qual motivo for, com nem tão raras exceções, mostram despreparo emocional para os grandes eventos. Não é o caso do futebol, em que a seleção da CBF é a maior vencedora do mundo. Mas o que se viu na Copa é que a soberba também pode derrubar times vencedores. Se alguém quiser discordar tudo bem, mas ainda acho que a seleção da CBF era melhor que a seleção Holandesa, mesmo sem os brilhantes meninos da Vila que a soberba do técnico não permitiu que ele convocasse.
2. O complexo de Vira-lata. Como dizia Nelson Rodrigues, brasileiro tem esse complexo em competições esportivas. Não se pode dizer isso de todos, vide o caso de César Scielo, nadador mais rápido do mundo. Mas o que dizer de Felipe Massa? Nada. Eu nem deveria estar escrevendo essas linhas sobre ele. Mas vou dizer o que ele representa para mim e para os GRANDES pilotos brasileiros de todos os tempos: uma vergonha!
3. A copa de 2014, no Brasil. Bom, com relação a isso não há muito o que falar, afinal não fizemos quase nada. Então, falamos de Maracanã, Beira-Rio e Mineirão em obras, A Arena da Baixada quase pronta e o resto é resto. Nem demolir a Fonte Nova, que já estava caindo aos pedaços (até cairam torcedores da arquibancada, cujo chão se abriu, causando uma morte) nós conseguimos. A obra está embargada pela justiça. Só o que eu posso dizer é: quanto mais demorar, mais dinheiro vai sair do bolso do contribuinte. Traduzindo: os idiotas que vão pagar a conta da realização da copa, não vão ver os jogos nos estádios e ainda acham que fazer a copa aqui é um grande negócio. O que fizeram da educação aqui, hein? A pessoa é roubada, agradece e ainda aplaude o ladrão. Impressionante. Não vou nem falar das obras de infraestrutura, pois não há o que falar mesmo.
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Eleições!

As eleições desse ano comprovaram mais uma vez algumas coisas: Primeiro que o número de pessoas que não vota é simplesmente assustador, pois são aqueles que não acreditam que o voto direto, quem diria, faz alguma diferença. Mas ultimamente, as abstenções têm servido bem as partidos políticos mais corruptos e aproveitadores. Não é à toa que os maiores partidos do Brasil são hoje o PT, o PMDB e o PSDB, tudo farinha do mesmo saco. Eu diria mais, que se algum membro de qualquer partido político hoje pisar em um monte de estrume vai ser difícil definir o que é o que para separar.
Esses partidos, que receberam quase 200 milhões de reais do governo federal em 2009 só por existirem, aprenderam a utilizar eleitores burros para eleger políticos corruptos e o que é melhor, fizeram as pessoas acreditarem que isso era um voto de protesto. Por esse motivo ninguém olha quem está "na boca" para um cargo de deputado por trás dos votos do Tiririca. E considerando o tanto de votos que esse tipo de candidato recebeu, já sabemos que a grande maioria dos eleitores brasileiros se enquadra na categoria de "Analfabeto Político", do Bertold Brecht. Se você, querido leitor, procurar no blog vai achar esse poema.
Outra coisa que as eleições deixaram clara com esse tipo de candidato é que ninguém precisa mesmo preparo nenhum para ser político, pelo menos no Brasil. É palhaço, dançarina de funk, estilista, ex-ministra da casa civil. Sem comentários. Esses eleitores elegeram o pior dos piores possível para administrar a Zona Brasilis. Depois reclamam do aumento da passagem de ônibus, da volta da CPMF ou do Zé Dirceu. Não dá para entender.
A classe política nunca esteve tão eclética, hoje tem de tudo. O que não mudou foi a eleição de gente que está mais suja que pau de galinheiro, que não deveria nem participar das eleições. Participaram, mas não sabiam se iam poder tomar posse. Tudo por causa de uma tal lei de iniciativa popular, muito bem sucedida, a Lei da Ficha Limpa. Mas se o Maluf vai assumir o mandato, convenhamos, a lei não vale nada. E ainda serviu para nos mostrar que o Supremo Tribunal Federal é um ninho de urubus, que estão mais preocupados com a vaidade do que com os problemas reais do país. Não resolveram absolutamente nada, postergando ou jogando a responsabilidade para outros. A competência por lá está impressionando.
Agora é torcer. Esses infelizes que tomam posse no ano que chega já sabem com que tipo de pessoa estão lidando no país: pessoas absolutamente despreparadas para a vida em sociedade. Eu costumava dizer que "o gato que nunca comeu melado quando come se lambuza" para o governo Lula, que acaba daqui a pouco. Agora eles já comeram, lambuzaram e querem mais. E terão mais. às custas dos idiotas que trabalham mais da metade do ano para pagar impostos para que o país faça dos ricos ainda mais ricos, a classe média um pouco mais pobre, os pobres um pouco melhores e os miseráveis sejam alçados às maravilhas do consumo. Sou chato, eu sei. Mas nenhum número do governo sobrevive ao teste da realidade. Façam o teste, como eu fiz em 2010: visite uma escola pública, um hospital público, ande de ônibus, mas nas periferias das cidades. Todo o castelo de cartas se desmancha.
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Mais uma vez...

Chega o fim do ano e aquele sentimento de ter deixado alguma coisa sem fazer se apresenta. O meu com certeza foi o blog. Confesso que nos últimos meses ficou impossível seguir escrevendo, pois foi a primeira vez (de verdade) que trabalhei em duas escolas, com fechamento de ano, reuniões e reprovação de alunos. Peço desculpas aos que seguem, ficaram "desamparados". Mas me programarei para 2011 ser diferente, podem deixar.

O ano novo será diferente, definitivamente. Afinal serei pai pela primeira vez, uma coisa que muda a vida da gente. Fiquei muito feliz ao saber, ao compartilhar com alguns amigos e família e todos mais que ficaram sabendo, de uma forma ou outra. A realidade agora é outra.

Aguardem e confiem, como diz o trapalhão. O blog passará por reformulações, como sempre. Mas o humor continuará negro, as piadas ácidas e as opiniões mais ainda. Há quem goste, há quem critique. Respeito a todos, afinal são as discussões e experiências que nos fazem crescer mentalmente, nos tornar mais fortes.

Por isso mando agora as últimas postagens do ano, com ele quase acabando. Poucas coisas serão comentadas, muitas ficarão de fora. Ao contrário do ano passado, não farei uma retrsopectiva. Apenas falarei das coisas que mais me incomodaram, impressionaram, revoltaram ou surpreenderam. Como sempre.

Um grande ano de 2011 à todos. Se não receberem um presente tão grande quanto o meu, minha filha que nascerá, não se preocupem. Tenham todos a certeza do carinho e do meu desejo a todos que sejam felizes.

Boa virada de ano!
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Educação para lamentar!

Uma pausa na política propriamente dita para falar especificamente de educação, tema tão recorrente por aqui e nas minhas aulas das escolas e do cursinho e nas campanhas eleitorais.
Não é nenhuma novidade que a educação do Brasil é lastimável. Em todos os estados, responsáveis pela maior parte do sistema educacional do país, vários são os estratagemas para fazer com que ela não funcione. O mais horripilante deles é a tal Progressão Continuada, aplicada e defendida pelo governo paulista como se fosse a oitava maravilha do mundo moderno, mas que na prática faz com que tenhamos alunos absolutamente analfabetos e ignorantes no final do curso, lembrando que a maior parte dos ingressantes no ensino fundamental não conclui o ensino médio. Somos então um país que forma poucas pessoas em relação ao total e que não ensina àqueles que concluem o ensino médio. Belo caminho, não?
Mas nada disso é novidade também, todos sabemos disso. Só o pessoal das campanhas presidenciais não sabia, afinal eles devem pegar dados da Suíça ou do Canadá para fazer propaganda sobre educação. O país retratado pelos comparsas do Lula não era definitivamente o Brasil, assim como a educação paulista não é a maravilha que os aloprados do PSDB tentaram mostrar para o resto do país.
Mas colocar isso em dados é interessante, apesar de sabermos que quando lidamos com gente números são secundários. Não nos esqueçamos que aqueles números em tabelas e planilhas são gente, com nomes próprios, família e necessidades reais, não apenas números. A FIESP acaba de mostrar os resultados de uma pesquisa realizada com base em dados oficiais dos países da América Latina e da ONU, mostrando quanto se gasta com educação e o quão efetivo isso se torna. O Brasil gasta com educação, efetivamente, mais do que a média da América Latina (4,3% contra 4%, respectivamente). No entanto, o gasto médio por aluno é mais baixo, de US$ 978,00 contra US$ 1050,00.
Mas o problema em si não é só esse: com esse gasto, o Brasil consegue escolarizar o aluno por 6,1 anos em média, enquanto a média da América Latina é de 8,3 anos. A taxa de analfabetismo no Brasil também é maior do que a média (11,3% contra 8%) e os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA, sigla em Inglês) são menores do que a média da América Latina (384 contra 407), nos colocando na posição 52 em uma lista de 57 países participantes. E apesar de existir a progressão continuada em alguns lugares do Brasil, a taxa de repetência ainda é de 21,4% contra a média de 5,8% na América Latina.
Eu sei que são muitos números e informações a serem absorvidas, mas fica claro o seguinte: a educação no Brasil é mais cara e ineficiente do que a média da América Latina, onde estão muitos dos piores índices econômicos e sociais do planeta. Há progressos? Sim. A porcentagem da população com 11 anos de estudo ou mais aumentou de cerca de 25% para 33% entre 2004 e 2009 e no mesmo período a quantidade de trabalhadores com o ensino médio aumentou de 33% para 44%. Mas como eu já disse antes, quantidade no Brasil é bem diferente de qualidade.
Como consequência disso, temos o que se classifica como falta de material humano qualificado para trabalhos que necessitam desse tipo de trabalhador. Essa falta faz com que o desenvolvimento do país possa ser retardado ou até estagnado, uma vez que já está comprovado que a qualificação da mão de obra aumenta a produtividade, a renda e o poder de compra do trabalhador e, como consequência, as riquezas do país.
Mas pelo que parece apenas eu e uma parcela pequena da população estão preocupadas com isso. Afinal de contas, ganhou a eleição para a presidência a candidata da situação, que detém o controle do principal cabresto eleitoral que existe hoje, o Bolsa Família. E uma parte dos que recebem o Bolsa Família não estão muito a fim de sair dessa situação confortável de ficar em casa fazendo filhos, sem trabalhar e recebendo por isso.
E se você, eleitor, ainda acreditar que algum dos candidatos a qualquer cargo público estaria disposto a mudar essa situação, sinto muito pela sua ingenuidade. A rede privada de ensino é muito grande e rica o suficiente para pagar para que a situação do ensino público não mude, fique ruim como está. Como se faz isso? Patrocinando a campanha de todos os candidatos, que ficam assim com o devido rabo preso. Por isso, independente do nome do eleito, não vejo futuro para a educação brasileira. Não enquanto a política continuar decidindo quem pode ser educado ou não, para que se prestará essa educação e, mais importante, quem controlará o povo e os eleitores com base nesse sistema. O resultado? Continuaremos formando analfabetos, que são mais fáceis de controlar do que gente instruída.
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Análise fria dos números!

Terminadas as eleições 2010 posso começar a colocar no blog as análises e os resultados, que venho preparando há algum tempo. Isso foi possível pois algumas coisas foram bastante previsíveis, outras nem tanto. A maioria não apresentou nenhuma novidadade.

Vou começar pela análise dos números, puros e simples. Na campanha presidencial, a realização do segundo turno não era esperada, pelo menos para os institutos de pesquisa. É claro que houve uma resposta clara do eleitorado que não aceita o modelo de gestão do PSDB, representado por Serra e tampouco aceita o modelo do PT, representado por Dilma. Assim, Marina recebeu quase 20 milhões de votos e ajudou indiretamente Serra a ir para o segundo turno. Nesse pleito, deu o esperado: margem de aproximadamente 12% a mais para a candidata do PT à presidência, sendo assim eleita.

O governo fazer o seu sucessor não é nenhuma novidade no Brasil, assim como não seria se não o fizesse. O que me intriga e me leva ao questionamento é: na última pesquisa Ibope sobre o governo Lula, 83% responderam bom ou ótimo; Dilma, no entanto, teve 56% dos votos válidos. Isso significa que 27% daqueles que acham Lula bom ou ótimo não acham Dilma boa o suficiente? É uma boa questão.

Outra constatação a se fazer é que a abstenção foi ridiculamente grande. Em um país em que há quase 136 milhões de eleitores, quase 2,5 milhões votaram em branco, quase 5 milhões anularam seu voto e quase 30 milhões simplesmente não votaram. Somados, são mais de 36 milhões de eleitores que não acreditam em nenhum dos candidatos ou que não acham que votar para presidente seja mais importante do que curtir um feriado prolongado. Para comparação, Serra obteve cerca de 43 milhões de votos, pouco mais de 7 milhões de votos a mais. E a abstenção não foi tão diferente assim do primeiro turno, quando tivemos cerca de 101 milhões de votos válidos, enquanto no segundo turno o número foi de cerca de 99 milhões. Nem colocar a culpa no feriado podemos.

Para os governos estaduais, o que hoje é a oposição (PSDB e DEM) saiu vitoriosa por administrar 10 dos estados mais importantes economicamente o país e com mais de 52% do eleitorado. O PT ficou com 5 estados, o PMDB com mais 5 e o PSB foi o partido mais fortalecido, tendo sido base de apoio do governo, ficou com 6 estados. Mas quando comparada a uma análise do Congresso e do Senado, a oposição perdeu espaço, tendo sua importância bastante reduzida. Isso significa que o governo eleito terá maioria no Senado e Câmara dos Deputados para passar todas as suas propostas, uma maioria absoluta como nem mesmo Lula teve em seus dois mandatos.

No mais, a grande novidade foi a eleição de uma mulher para o cargo máximo do país, algo inédito na história do Brasil. Mas a realidade não deixou de ser a mesma para as candidatas no Brasil: pouco espaço, obrigatório por lei (30% dos candidatos de todos os partidos tem de ser mulheres) e pouca projeção. Basta contar o número de candidatas a governos estaduais e ver os resultados: 25 governadores eleitos contra 2 governadoras. Para o Senado, a mesma coisa: dos 54 eleitos, 8 mulheres e 46 homens. A mesma lógica se segue para os cargos de deputadas. Mas creio que esse seja um quadro a ser mudado, afinal a qualificação feminina tem avançado muito nas últimas décadas para combater os baixos salários e o preconceito, enquanto a qualificação masculina está em queda. Por outro lado a eleição de uma mulher para a presidência da República pode interferir diretamente nesse caso, positivamente.

Depois da análise dos números virão os comentários. Mas cada coisa a seu tempo.
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Totalitarismo petista

De acordo com Montesquieu, "Não há tirania mais cruel do que a exercida à sombra das leis e com as cores da justiça". Entendo que essa frase poderia ser aplicada ao Brasil agora que está por terminar o governo do "déspota esclarecido" Lula. Ao trabalhar ardentemente nos últimos dois anos para eleger a sua sucessora, Lula apenas seguiu planos traçados já há muito tempo.
Governos ditatoriais de esquerda, com chegada ao poder através de golpes de Estado, são coisa do passado. Não são mais a intenção daqueles que se declaram comunistas ou "socialistas do século 21". A chegada ao poder deve ser feita democraticamente, através de eleições diretas, para legitimar a subida aos cargos mais elevados de um país.
No caso brasileiro, temos uma história recente de democracia. O século passado foi marcado por períodos ditatoriais, com Getúlio Vargas nas décadas de 1930 e 1940, e uma sucessão de governos militares de 1964 até 1985 como principais expoentes.
A chegada ao poder da dita "esquerda" é apenas o primeiro passo para a implantação de um comunismo no Brasil. Diferentemente de Fidel, que é das antigas e de Chávez, que gosta do militarismo, a esquerda brasileira segue os escritos de Antonio Gramsci, especialmente em seus "Cadernos do Cárcere". Ele propôs uma tomada de poder diferente de Lênin, que dizia que o poder deveria ser tomado e depois a sociedade seria transformada. Já Gramsci dizia que primeiro se muda a sociedade para depois tomar o poder, sem derramamento de sangue.
Para isso, se infiltrariam na sociedade lenta e gradualmente colocando na cabeça das pessoas a idéia da revolução. Substitui a idéia de "ditadura do proletariado" de Marx pela "hegemonia do proletariado", massificando a população e dando a ela a impressão de que ela faz parte de uma importante mudança em curso. Necessário também controlar todos os meios de difusão cultural, como escolas, editoras e mídia em geral.
No Brasil, o projeto passa pela reeleição de Lula, que não é possível por lei. Não conseguindo alterar a constituição para que isso acontecesse (não significa que não tentaram!), o partido deve eleger alguém em quem confie para continuar o processo. Por esse motivo, Dilma é a "mãe do PAC", colocando nas pessoas a idéia que o progresso está no caminho certo. Se gastar 76% dos recursos e construir 45% das obras for o caminho certo, não entendo mais o que é certo.Também se fala em maior distribuição de renda e diminuição do número de pobres (o que é verdade), mas "se esquecem" que o país está no 3º pior lugar em distribuição de renda nas Américas, atrás apenas de Bolívia e Haiti. O que o governo gasta com propaganda é mais do que se gasta com saúde pública! Deve ter algum motivo, não?
O controle das diferentes mídias é outro caso à parte. Desde o início do governo Lula, houve diversas tentativas de impor um controle estatal às midias, sempre rechaçadas pela própria sociedade. Desde que o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos foi rejeitado, o governo se viu na necessidade de inventar outra forma de passar na Câmara e no Senado o controle estatal sobre a mídia, sem a qual o projeto para o Brasil fica comprometido. Mas um novo projeto está a caminho e será enviado para votação ainda esse ano, assinado por Franklin Martins. Tudo de acordo com as idéias de Gramsci, de implantar o totalitarismo de esquerda lenta, pacífica e sorrateiramente.
Por esse motivo revi meu ponto de vista e nessa eleição votei contra o pt, abandonei a postura de anular o voto e fiz do meu um voto de protesto contra esses "revolucionários". No segundo turno, espero, mais pessoas possam descobrir o plano dessas pessoas, de construir um novo "Reich", dessa vez no Brasil. Porque chegar ao poder eles já conseguiram. Mas são contra o jogo democrático e por isso atuam de forma a não haver mais alternância no poder. Não se pode dizer que Lula não mudou o Brasil. O país se tornou mais corrupto, menos rico do que poderia, a população não se vê mais obrigada a seguir as leis e o país está cada vez mais perto de se tornar uma ditadura. É claro que todos os que contribuíram para que os eleitores de hoje sejam tão pateticamente enganados, herdeiros de uma escola pública feita para formar imbecis, são culpados. Mas não creio que isso seja um bom motivo para deixar que um bando de ladrões, corruptos, corruptores, gente da pior índole possível e sem nenhuma ética continue no poder, implantando um projeto de comunização do Brasil.
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O que o pt pensa de Marina.

Não gosto do PT. Creio que isso já tenha ficado óbvio para meus alunos e leitores mais assíduos. Portanto não temos novidades nesse ponto. O primeiro turno das eleições já passou e teremos agora o segundo turno de votações, o que representa uma grande derrota para o chefe da quadrilha que governa o país. Lula queria ter ganho no primeiro turno, coisa que ele mesmo nunca conseguiu. Achou que isso era possível pois assim mostravam as pesquisas encomendadas que sempre demonstram aquilo que o contratante quer ver como resultado. Não funcionou.
E não funcionou por causa de um fantasma do passado do partido dos trombadinhas: Marina Silva. Com quase 20 milhões de votos, eleitores decontentes com a forma corrupta e falta de ética desse partido votaram em Marina, que se configurou em uma alternativa viável por ter saída do pt e por representar uma parcela da população preocupada com os problemas do meio ambiente, bandeira que Marina Silva mais defende. Para ficar clara a intenção desta postagem, fico com o ditado popular "Peixe morre pela boca" para mostrar o que o pt e seus asseclas pensam de Marina Silva. Agora querem o apoio dela, pedem que seus eleitores votem em Dilma. Veremos o resultado. O texto a seguir foi retirado do blog da Dilma, "o maior portal da Dilma na internet", feito e comentado pelos seguidores da máfia.

Marina Silva, a traíra.
Marina Silva é uma grande traidora. Traiu o povo brasileiro quando se posicionou contra o crescimento do país. Traiu o presidente Lula. Traiu o PT. Traiu também a memória de Chico Mendes quando se uniu àqueles que, disfarçadamente, alegraram-se com a morte do grande líder seringueiro. Marina Silva jogou no lixo uma biografia de defensora dos povos da floresta, defensora da Amazônia. Traiu por despeito e por vingança. Ela alimentava esperanças de que o presidente Lula a escolhesse para ser sua sucessora, e quando percebeu que não seria a escolhida deu o bote tal qual uma cascavel. Marina não foi escolhida pelo presidente Lula porque não tem capacidade, conhecimento e caráter para governar um país, porque não seria capaz de manter a política econômica de crescimento e desenvolvimento, não conseguiria gerir os programas sociais do governo. Não seria capaz de entender a importância das descobertas no Pré-Sal pela Petrobras, nem conseguiria atribuir tais riquezas ao povo. Marina Silva, é óbvio, não vai para o segundo turno, mas vai para o colo do Serra /PSDB/DEM, que ela combateu nos 30 anos em que esteve no PT. Marina mostra que não tem pudor nem ideologia, é só uma ecochata fazendo o jogo sujo do poder por despeito e vingança. Está se vingando do presidente Lula porque não a escolheu, pouco se lhe dá prejudicar o país e milhões de brasileiros, desde que alcance seu seu objetivo de vingança. Marina é muito religiosa, ligada à Assembléia de Deus, mas não é nenhuma santa. É apenas uma traíra.
Jussara Seixas.

Por via das dúvida, achei melhor colocar o endereço do cache da página, afinal depois do resultado das eleições presidenciais, os votos da "traíra" se tornaram vitais para evitar uma derrota, que torço para que aconteça. Não por morrer de amores por Serra e psdb. Mas para evitar a continuidade de um projeto que está no poder há oito anos se preparando para transformar o país em um berço do comunismo diferenciado, que chega ao poder não pela força, mas pelas urnas. Explicações na próxima postagem. Segue o link (obviamente se você entrar no blog hoje não vai encontrar o texto, caro eleitor):
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:MFWMHNdlAKYJ:blogdadilma.blog.br/2010/09/marina-silva-a-traira-2.html
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Propaganda eleitoral

Vendo as propagandas eleitorais na TV (sim, gente, eu faço essas cagadas de vez em quando), tive a nítida impressão de morar em outro país. O partido da oposição descreveu Cuba, o Haiti ou até mesmo a Bolívia, de tão ruim que está a situação. Já o partido do governo, não sei bem porque, estava descrevendo algum país nórdico, como a Noruega, ou então o Canadá ou até mesmo a Austrália, de tão boa que está a situação.

Por morar na periferia de São Paulo e saber que a coisa está mais para ruim do que para boa, lembrei de uma música do grupo Câmbio Negro, de Brasília, chamada "Esse é o meu país", que faz uma crítica bem inteligente de vários aspectos da nossa sociedade. Segue a letra, do disco de 1998, mas que me fez lembrar em muitos aspectos as propagandas eleitorais do partideco do "homi".

"Igualdade racial, social, negro e branco tratado de igual para igual
Boas escolas, analfabetismo inexistente, saúde em alta, bons hospitais, atendimento eficiente
Mortalidade infantil há muito eliminada, pobreza não se vê foi erradicada
Criminalidade cai 90%, todos têm moradia, ninguém ao relento
Policiais educados, segundo grau completo, recebem salário digno, equipamento moderno
Não abusam do poder, não há brutalidade, admirados por todos da comunidade
Honestidade na política admirável, mulheres no governo, com certeza invejável
Tratadas como se deve, com o respeito devido, não mais como cadelas e sim como indivíduo
Vários negros no senado, trabalho reconhecido, anos de faculdade, lugar ao sol merecido
Vendemos tecnologia para o mundo todo, cientistas brasileiros sempre sempre no topo
Recebem prêmios e prêmios no exterior, criam o mais completo computador

Aqui é o nosso país, Brasil primeiro mundo todo mundo feliz
Esse é o meu país, primeiro mundo Brasil todo mundo feliz

Segurança no trânsito, crianças sempre sorrindo, prêmio Nobel dado a um físico nordestino
Atletas inigualáveis, apoio total do governo, escolas de atletismo pelo país inteiro
Idosos têm seus direito assegurados, aposentadoria nunca atrasa, bem remunerados
Na universal ninguém é enganado, pastores não roubam ninguém são uns pobres coitados
Voz do Brasil programa de qualidade, no Brasil todo uma unanimidade
Sempre atual, diversificado, eficiente, anos e anos na ativa, sempre competente
Rap nacional bastante difundido, letras inteligentes, trampo decente, bem produzido
Não se confunde liberdade de expressão com desacato, espaço garantido artistas de fato
Vários discos de ouro, reconhecimento, população bem informada respeita o movimento
Levados a sério, objetivos alcançados, povo da periferia não é mais humilhado."
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Dia da Independência!

Para aqueles que acreditam que o Brasil é um país independente, está aí colocada uma data para celebrações, o 7 de setembro. Nessa data o Brasil se torna independente de Portugal, apesar de não se comentar historicamente como foi que isso aconteceu.

Mas vim aqui falar dos desfiles cívico-militares, todos muito comentados, em que militares de todas as fardas desfilam em praças e avenidas principais do país. Então, para não deixar o dia passar em branco, resolvi falar de um grande herói militar brasileiro.

João Cândido foi o primeiro negro brasileiro a se tornar (não oficialmente, é claro), um Almirante da Marinha de Guerra do Brasil. Chegou à Marinha por ter um talento natural para movimentações bélicas e após ter feito o curso assumiu o primeiro posto em navio de guerra. Ao chegar ao mar João Cândido pode notar que nem tudo que se falava em terra acontecia na realidade do mar. Apesar de abolida a escravidão, no mar os marujos, maioria de negros, continuava a sofrer castigos físicos como na época da escravidão, especialmente com chibatadas.

Cansados dessa vida de castigos e inspirados pela tomada do encouraçado Potemkin pelos marinheiros russos, João Cândido organizou uma rebelião para terminar com os maus tratos na marinha brasileira. Ao retornar de uma missão oficial na Inglaterra, onde foram buscar o navio de guerra mais poderoso da época, o encouraçado Minas Gerais, a Revolta da Chibata foi deflagrada. Os marujos tomaram os quatro navios de guerra mais poderosos da Marinha brasileira e por alguns dias ameaçaram bombardear a capital federal, o Rio de Janeiro. Exigências? Fim das chibatadas, aumento do soldo e melhores condições de alimentação nos navios.

O governo brasileiro cedeu, pôs fim aos castigos físicos e deu anistia para os revoltosos. Liderados pelo "Almirante Negro", os navios Minas Gerais, São Paulo, Bahia e Deodoro entraram na Guanabara e foram devolvidos ao controle da Marinha Brasileira. Descumprindo o prometido, o governo brasileiro mandou prender os dezoito principais líderes da revolta, que foram trancados a pão e água em uma cela praticamente sem luz e com pouca ventilação, onde eram jogadas diariamente pás de cal como forma de tortura. Presos por dezoito meses, apenas dois sobreviveram, entre eles João Cândido. Outros revoltosos, mais de 100 soldados, foram mandados para campos de trabalho forçado na Amazônia, mas nenhum deles chegou vivo lá. Todos foram mortos deliberadamente no caminho do navio Satélite.

João Cândido foi então perseguido pela marinha, não conseguindo nem trabalho para sustentar a família. Preso entre cadeias e hospícios, morreu aos 89 anos, em 1969. Apenas em 2007 seu nome foi escrito no Livro dos Heróis da Pátria e em 2008 lhe foi concedida a anistia post-mortem.

Reconhecimento não creio que ocorra, pois a marinha ainda têm vergonha do que fez a esse herói nacional, que mudou a forma como os marujos eram tratados e deixou um legado de inteligência, companheirismo e respeito por parte daqueles que vestem as fardas das forças armadas do país. Um bom feriado e o respeito a todos aqueles que usam e usaram suas fardas para lutar pelo povo sempre injustiçado do Brasil.
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Curtas! do mês de Julho.

Como todos sabem, o mês de Julho foi de férias. Para quem pode descansar, legal, mas para quem não pode teve de aturar algumas. Destaco aqui algumas poucas, mas boas.

O Lula...
Para variar, abriu a boca. E se abriu a boca, falou bobagem. Fez um baita discurso defendendo o direito de os iranianos matarem uma mulher que supostamente traiu o marido. Isso mesmo, supostamente, pois não existem provas do ato em si. Pena de morte? OK! E como ela é realizada naquele país? Dilapidação, ou seja, ela será enterrada viva, deixando de fora apenas o pescoço e a cabeça. Essas partes do corpo serão apedrejadas até que ela morra. Eu achava que nem o Lula era tão burro a ponto de defender uma barbárie dessa.

A Dulce Maria...
Está na frente de seu rival nas pesquisas eleitorais, Sr. Burns. Ao que parece a galera que vive do Bolsa-Esmola está mesmo convencida de eleger o poste que o Lula mandou que eles votassem. Será que eles já fizeram as contas para reparar que o valor médio do bolsa-esmola é exatamente o valor necessário para manter o povo na categoria de análise miseráveis, com menos de US$2,00 por dia? Ah, esqueci que eles são em sua maioria analfabetos.

O protoditador cubano...
Mais uma vez quer enganar a opinião pública mundial se fazendo de bonzinho e liberando presos de consciência da ilha, permitindo a eles se livrar da família Castro. Todos aplaudem de pé, mas se esquecem de um pequeno detalhe: as famílias ficam na ilha, nem todos são retirados. Aqueles que saem apenas podem rezar para que os que ficam sejam tratados como seres humanos. Mas garanto que esse não é o ponto forte da ditadura castrista da ilha de Cuba.

No Equador...
O protoditador equatoriano já mandou avisar que vai mudar as regras para os combustíveis fósseis, petróleo e gás, no seu território, desrespeitando a constituição de seu próprio país, mas seguindo as ordens do protoditador Venezuelano. A Petrobrás, para variar, vai tomar nabo de novo, afinal todo mundo toma da Petrobrás as suas instalações, pagando por elas o que bem entenderam. O lance é aproveitar o molusco enquanto ele estiver aqui, pois o Sr. Burns não deixaria isso barato e a Dulce Maria com certeza explodiria tudo, só para manter o costume. Vai custar caro, de novo, para os bolsos do povo brasileiro.

E na Venezuela...
Desenterraram os ossos de Simón Bolívar a mando do Huguinho, para saber se ele morreu do que morreu ou se não morreu do que morreu. Entenderam? Eu também não. Mas foi uma pena que não tivesse ali um pouco de vida, senão o Hugo Chávez ia ouvir poucas e boas sobre o uso do nome do Bolívar para a palhaçada que ele chama de governo.

E no Brasil como um todo...
Sem estádios, sem rodovias, sem portos, sem aeroportos, sem espaços esportivos... será que não dá para mudar para sem copa do mundo e sem olimpíadas?

E entre Diadema e o Morumbi...
Depois de 24 anos de começadas as obras finalmente foi entregue o corredor Diadema-Brooklin. Já falei sobre ele aqui no blog, alguns anos atrás. O corredor para ônibus não está concluído e muitos ônibus e lotações ainda usam os pontos antigos, do lado direito da pista. Em resumo: a pista esquerda agora é corredor exclusivo para ônibus, mas eles também trafegam fora do corredor. As reformas não acabaram, mas a obra foi entregue. Como previsto, o trânsito piorou horrores. Obras públicas não deveriam melhorar a vida das pessoas?
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Números, ora bolas, os números!

Em época de preocupação com os números da concorrência acirrada entre os candidatos à presidência, outros passaram despercebidos. Os dados divulgados pela ONU, que constam no primeiro relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) sobre a América Latina e o Caribe. Talvez seja porque eles não são lá muito bons em época eleitoral.
De acordo com o estudo, o Brasil é hoje o terceiro pior lugar do mundo no ranking de desigualdade social. Na America Latina, somos menos piores apenas do que Haiti e Bolívia. Aliás é necessário aqui fazer uma ressalva ao excelente trabalho realizado pelo socialista Evo Morales, que sem o dinheiro do petróleo venezuelano conseguiu ultrapassar o Haiti e é hoje o país mais desigual do mundo, empatado com Madagascar e Camarões. Belo trabalho, bolivarianos.
Os dados até mostram que altos investimentos foram feitos nos últimos anos na questão social e que até houve algum progresso. Ainda assim o país não "está pronto" como afirma o molusco presidente do país, afinal gasto não sifnifica necessariamente resultado. E de acordo com o PNUD programas como o Bolsa-Família "conseguiram apenas aumentos modestos nos níveis de escolaridade" mas que "esses programas não conseguiram melhorar o nível de aprendizado das crianças". Ou seja, as crianças que estão na escola passam de ano mas não aprendem. GRANDE NOVIDADE.
O estudo mostra ainda que os níveis educacionais se repetem no país de geração em geração em mais da metade das famílias. Trocando em miúdos: os filhos, em 55% dos casos, não conseguem ter nível educacional maior do que seus pais. Não é coincidência que em 58% dos casos esses filhos não consigam viver em um nível de desigualdade menor do seus pais viveram. Vivemos então em uma sociedade em que filhos não se educam mais do que seus pais se educaram e não conseguem melhorar o nível de renda da família a um nível acima do que seus pais viveram. É quase uma sociedade de castas, como a Indiana, sem considerar o fato de que lá o motivo da separação das pessoas é religioso, não econômico.
Esses números não são novidade, apesar do estudo ser o primeiro feito especificamente para a região. Antes, o PNUD estudava o mundo todo e fazia essas comparações. Agora ele se tornou um pouco mais específico.
Fica aqui então a ressalva e o convite para que todos assistam ao programa eleitoral obrigatório, principal programa de humor que acomete nossa televisão e rádio de dois em dois anos. Vão mostrar um país excepcional, estados em que tudo funciona, municípios que serviriam de exemplo até para países desenvolvidos e políticos de alto gabarito. Não se esqueçam de anotar em algum lugar e deixar bem visível qual a colocação do Brasil no ranking da ONU: TERCEIRO PIOR LUGAR DO MUNDO EM DESIGUALDADE! Aí você só será enganado se quiser. Ou se tiver algum interesse nisso.
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Brasil: país educação.

Vou usar aqui como exemplo de educação um dos casos que mais repercutiu na mídia nacional nos últimos dias: o assassinato do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães. Não é preciso dizer que grande parte da repercussão se deu por esse fato, se o atropelado não fosse uma pessoas famosa talvez não houvesse tanto"barulho". Mas isso não vem ao caso agora.
Cenário: Rio de Janeiro, túnel Zuzu Angel, que liga São Conrado à Gavea, zona sul. Com o túnel interditado para manutenção o músico e alguns amigos aproveitaram para andar de skate, por considerarem o local seguro. O que eles não contavam era que alguns amiguinhos, ao que parece brincando de pega-pega automotivo (leia-se racha, como é chamado em São Paulo a corrida entre carros feita de forma ilegal), entrariam no túnel interditado, sinalizado, por uma passagem proibida e colocariam suas vidas em risco. Não adianta o advogado do atropelador dizer que não dava para ser um racha pois os carros são muito diferentes em motorização. Basta ver os antecedentes na companhia de engenharia de tráfego desse pseudo piloto, com pelo menos cinco multas por excesso develocidade. Muito me admira esse tipo de gente (?): agora o que importa é que não era um racha e sim que os pobres-coitados fizeram o retorno proibido porque estavam com medinho de passar ao lado do morro. E daí se eles mataram uma pessoa nessa situação? Advogados assim me enojam.
Mas eu gostaria mesmo de chamar a atenção para outro fato: ao MATAR uma pessoa e ser abordado pela polícia, o que houve? Um acordo. Policiais acharam que 10 mil reais eram o sufuciente para que uma pessoa morresse sem socorro e um assassino escapasse do flagrante. Educação para que, não é mesmo? Aí o assassino e seu papai aceitaram pagar o suborno para FINGIR QUE NADA TINHA ACONTECIDO! O papai do assassino também mandou o carro bem cedo para a funilaria e exigiu urgência no trabalho de reparação, ou seja, destruição de evidências e obstrução do trabalho da polícia.
Trocando em miúdos: a família do assassino tem por hábito ENCOBRIR e SE RESPONSABILIZAR por todas as cagadas do seu filhotinho. Não importa o quão grande seja a burrada que ele fez, tudo fica certo com um pouquinho de cola, gritos, desrespeito e propina. São provavelmente daquele tipo de pais que brigavam com o professor quando o coitadinho do filho colava na prova e era pego em flagrante, ficando com zero de nota; brigavam com a escola quando o pobre-coitado era suspenso "apenas" por ter explodido o banheiro; entravam com processo na justiça contra os pais de outro aluno porque seu inocente filhinho jamais colocaria fogo no cabelo de alguém.
A péssima educação vem de péssimos exemplos. Não é à toa que vivemos em uma sociedade em que cada vez mais os jovens cometem crimes indescritíveis como matar os pais por herança ou atropelar alguém e fugir para se livrar da própria culpa. Esses jovens, a maioria da classe média alta e alta, estudaram em boas escolas e tiveram boa formação. O que não tiveram foi boa educação, pois seus pais não foram suficientemente homem / mulher para isso e não permitiram que alguém fizesse o serviço. O resultado? Um ser vivo que mata uma pessoa e só consegue pensar em uma coisa: COMO FAÇO PARA ME LIVRAR DISSO? Basta chamar o papai que ele resolve.
Infelizmente para eles a pessoa assassinada é conhecida e filho de uma atriz do principal canal de televisão do país. A mídia vai massacrá-los e exigir uma condenação, como no caso do jornalista Tim Lopes, assassinado no Rio de Janeiro também. Talvez, se os pais se dessesm conta de que dar educação aos filhos não é dar para eles tudo que eles querem, nem na hora, nem do jeito, nem com quem eles querem a história hoje fosse diferente e o músico ainda estivesse vivo. A vida atual exige que as pessoas se distanciem dos filhos por causa do trabalho, eu até entendo isso. Mas isso não é desculpa para que esses pais estimulem dentro de suas próprias casas a criação dos assassinos da nossa sociedade.
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Chuvas no Nordeste

Em meados de Junho fortes chuvas atingiram o nordeste do Brasil, provocando alagamentos, destruição e mortes. Mas ao contrário do que muitas pessoas andam falando, não, a culpa não é do aquecimento global.
O que aconteceu no nordeste brasileiro não é nenhuma novidade, fenômeno parecido ocorreu na mesmo região há cerca de dez anos passados, em 2000. Na ocasião foram registradas 55 mortes mas os estragos materiais foram menores.
Para aqueles um pouco mais familiarizados com geografia não é necessário explicar que o clima tropical brasileiro tem uma característica peculiar: apresenta metade do ano com chuvas regulares e metade do ano secas regulares. Mas no litoral acorre uma pequena variação disso. As massas de ar que causam chuvas no litoral brasileiro são, principalmente, a Tropical Atlântica (Ta) e a Polar Atlântica (Pa). No inverno Pa está mais forte e consegue chegar no litoral do nordeste, empurrando para esse local a influência de Ta. Quando se encontram chove por seis meses, regularmente, seguindo a tendência pricipal dos climas tropicais. Quando Pa perde força, no verão, Ta a empurra novamente para o sul e sudeste, provocando chuvas nessa região. Portanto costuma-se dizer que chovem seis meses por ano no clima tropical, exceto no litoral, em que chove seis meses no litoral do nordeste no inverno e seis meses no litoral do sudeste, no verão.
A diferença é que nesse ano choveu muito mais do que o esperado e essas chuvas se concentraram em poucas áreas, chovendo por cinco dias seguidos, o que causou a tragédia. O que se segue às chuvas é uma enxurrada, que carrega tudo o que estiver no caminho. Nesse caso, casas, comércios, lavouras, pessoas. É óbvio que um evento desses não poderia deixar de ser uma tragédia anunciada, pois as pessoas construíram suas vidas em planícies de inundação dos rios. Não adianta reclamar da natureza, pois essas áreas não chamam planícies de inundação à toa. Todas as vezes que o leito não tiver suporte para o volume de água essas áreas serão inundadas. Então porque as pessoas moram nesse lugar?
Por que o governo deixa é a única resposta. Todas as prefeituras do Brasil usam do expediente de deixar as pessoas invadirem áreas de preservação para aumentar o número de moradores, regularizar as áreas e assim poder cobrar impostos, aumentando a arrecadação do município. Tática velha, bem manjada, mas ainda em uso. Depois políticos se aproveitam para prometer em campanhas eleitorais que se forem eleitos não permitirão que as pessoas sejam retiradas das áreas invadidas. Resultado: o povo que não conhece leis e não quer perder os investimentos já feitos elege esse tipo de político, que mora bem longe do rio.
Não é a primeira vez que posto aqui esse tipo de tática usada no jogo político para manter o povo no cabresto eleitoral.E conhecendo a casta de políticos brasileiros e os eleitores do Brasil com certeza não será a última. Depois da tragédia, o povo deu um bom exemplo e mandou milhares de toneladas de roupas e alimentos para as vítimas. Os governos nos diversos níveis de administração fizeram discursos e liberaram verbas. O que me incomoda não é isso, já que são atitudes louváveis ajudar as pessoas atingidas.
O que incomoda é usar mais dinheiro para consertar do que para prevenir; criticar as ocupações ao invés de proibí-las; contabilizar mortos ao invés de atingidos; prender pessoas que deveriam ajudar (bombeiros) por roubar donativos. É deprimente.
Até a última contagem, 57 pessoas haviam morrido e cerca de 16 mil haviam sido atendidas nos hospitais de campanha das forças armadas, que mais uma vez dão excelente exemplo de organização e atitude frente situações adversas.
Que fique a lição para a reconstrução. As pessoas precisam de moradias e a infraestrutura deve ser reconstruída. Espero que as autoridades entendam que apesar de ter havido uma desgraça é necessário pensar e agir racionalmente. Ocupar ou permitir ocupação dessas áreas é permitir que moradores corram riscos desnecessários, inclusive de morte. Ou será que só pensam que 57 eleitores a menos não farão falta?
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A democracia passou longe...

Sempre me preocupei com a situação política do país, principalmente quando comecei a ter noção do quanto manipulados somos enquanto cidadãos e principalmente como eleitores. Mas acredito que posso dizer que o Brasil nunca esteve nas mãos de gente mais ordinária do que hoje. Posso vir a me arrepender do que vou escrever aqui, não por ter escrito mas porque as coisas sempre podem piorar.
Corrupção no Brasil não é novidade. Ela existe por aqui desde o dia em que o primeiro português aqui aportou e só não vou dizer que existia antes porque não estudei de verdade a história dos povos indígenas que aqui viviam antes da ocupação portuguesa. Nos reinados, governos provisórios e definitivos, períodos democráticos e de excessão ela sempre esteve lá, no centro do poder. A corrupção faz parte do Brasil assim como o coração faz parte do corpo humano e desempenha aqui função de igual importância: se for retirado o corpo morre.
Mas antes do partido dos trabalhadores chegar ao poder os políticos ainda tinham vergonha de nos roubar, faziam tudo às escondidas. Mas como a popularidade do Lula lhe permite desrespeitar as leis de todas as formas possíveis e imagináveis e, o que é mais interessante, zombar das leis e daqueles que tentam cumprí-las. Temos então a maior autoridade do poder executivo que não cumpre leis, desrespeita leis e zomba delas. Belo exemplo. O que fazem seus ministros, os deputados, senadores, governadores, prefeitos, vereadores e uma grande quantidade de servidores públicos? O mesmo. A partir do exemplo que vem de cima as leis no Brasil passaram a ser uma piada de mau gosto que ninguém precisa cumprir, pois o presidente não cumpre e não é punido.
Tomar o poder era necessário e como não foi à força (Dilma Roussef, conhecida como guerrilheira Dulce Maria que o diga) inventaram um partido político para isso. Depois de muita insistência o Lula se tornou o agente de transformação do país, o "Lulinha paz e amor". Fizeram tudo o que foi necessário para enganar os eleitores e chegar ao poder. Conseguiram.
Para um partido que se dizia democrático, diferente, o pt mostrou a que veio. Ao chegar ao poder colocou em funcionamento o plano de dominar politicamente o país e se perpetuar no poder, transformando o país em uma espécie de subsede de Moscou na América Latina. Como esse papel já cabia a Hugo Chávez, Lula se contentou em ser "o cara". Pôs em prática a cartilha comunista e seus planos de eternização no poder: não cumpriu as promessas de companha, pois elas nunca poderiam ser cumpridas; aumentou a distribuição de dinheiro no país, gastando pouquíssimo dinheiro com o Bolsa-família e bilhões para enriquecer mais e mais as elites econômicas do Brasil, como os donos de universidades particulares (prouni) e instituições financeiras, especialmente os bancos que nunca lucraram tanto; se dizia democrático enquanto se mantinha com apoio político dos coronéis que ele sempre criticou; manteve a política econômica de seu antecessor enquanto se dizia o inventor do sistema; fez a imagem de populista enquanto enchia os bolsos de seus partidários, banqueiros e industriais com o dinheiro público; se diz legalista mas só defendeu os fora-da-lei; comprou e silenciou todos os sindicatos e lideranças estudantis com muito dinheiro de impostos. Essa pessoa é uma vergonha. Seus comparsas são uma vergonha. Os que se beneficiaram de tanto roubo são uma vergonha. Os quase 80% da população que aprovam o seu governo são uma vergonha.
Lula impôs ao seu partido o candidato que ele quis. Não houve disputa interna, todos abaixaram a orelha para o novo coronel da política brasileira. E só fez isso porque uma parte da população e dos congressistas não aceitou a tentativa do seu partido de mudar a constituição para permitir que ele se candidatasse de novo. Dois anos atrás ele começou a companha política pela eleição para presidência da república, antecipando ilegalmente as discussões sobre sucessão. Várias vezes tentou mudar a lei para calar a imprensa na cobertura dos fatos, como no texto do Plano Nacional de Direitos Humanos. Como não conseguiu calar a imprensa livre, passou a gastar mais em propaganda do governo, chegando hoje a mais de 38 milhões de reais acima do limite previsto pela lei eleitoral. Sobe em palanques e faz campanha descarada pela ex-ministra Dilma Roussef e quando é multado zomba da justiça e do valor das multas. E continua a campanha, afinal já disse que o maior objetivo do seu governo é eleger a sua sucessora. Com tantos problemas na área social, sempre acreditei que as prioridades do governo deveriam ser a saúde, a educação, o emprego. Mas a meta desse governo é eleger o próximo.
Os oito anos de governo federal do pt são, sem sombra de dúvida, a maior mácula que esse país já sofreu na sua história. É a infeliz oportunidade que foi dada a uma quadrilha para tomar conta de um país e essa quadrilha fez de tudo e ainda fará muito para permanecer no poder. A podridão que seus membros representa me faz repensar a vergonha que há muito tempo declaro ter do Brasil. Tudo aquilo que o pt representa hoje me dá nojo de ser brasileiro como eles; me dá ânsia pensar que tais seres podem continuar administrando o dinheiro e as vidas das pessoas; me dá ainda mais vergonha do país pois o povo prefere continuar fingindo que não vê; me dá medo pensar que não existem partidos diferentes por aí, afinal são eles que decidem como vive e morre o brasileiro.
Não sei o resultado das urnas no final do ano. Nem sei se quero arriscar um palpite. O que sei é que, ao sair do governo, Lula levará consigo a pouca decência, a pouca vergonha e o pouco respeito que um dia os políticos desse país tiveram. E estarão enterradas junto com seu governo todas as tentativas de tornar esse um país digno para se viver. A história desse país acabou.
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E qual é a desculpa mesmo?

Não é nenhuma novidade que a educação de São Paulo não funciona. Posso aqui falar abertamente desse sistema educacional vigente, pois me formei em 1995 na escola pública e de lá para cá as coisas não melhoraram muito, pelo contrário, elas têm piorado. Hoje, como professor, vejo as consequências desse sistema educacional que foi feito, planejado para não funcionar. Não quero soar repetitivo, já falei disso antes. Mas o objetivo desse sistema é formar analfabetos funcionais pelo país inteiro, pois eles serão os eleitores desinformados de amanhã. E esse tipo de eleitor é muito mais fácil de escravizar.
Uma das grandes críticas que se faz ao sistema político brasileiro é o fato de que as administrações que se sucedem são de partidos diferentes e que tudo começa do zero, pois um partido não continua a obra do outro para não fazer propaganda para ele. Mudam-se nomes das obras e projetos, secretários e ministros para enganar o povo e dizer que aquilo é uma coisa nova, mesmo não sendo.
Pois bem, se o grande problema do Brasil é a sequência política para que medidas implementadas não sejam paradas na metade da execução, o que dizer da educação estadual em São Paulo? Desde que me formei, apenas governadores de um mesmo partido governaram o estado: Mario Covas (de 1995 a 2001, quando morreu); Geraldo Alckmin (2001 a 2006); e José Serra, de 2007 até abril de 2010, sendo substituído por seu vice, Alberto Goldman, também do PSDB, para que Serra concorra à presidência da República.
A desculpa da descontinuidade não existe em São Paulo. E se considerarmos que antes de Covas tivemos Fleury e Orestes Quércia (PMDB, hoje base de apoio ao PSDB em São Paulo) e Franco Montoro (PMDB, depois fundador do PSDB) teremos então uma sequência de pelo menos 27 anos com um mesmo tipo de pensamento administrativo no estado. E a educação não melhorou em nada.
Nas propagandas políticas desse ano veremos o candidato José Serra falar das mudanças na educação, da introdução de mais um professor na sala de aula do Ensino Fundamental I, do programa de recompensas das escolas e professores por desempenho, entre outras coisas. Não leciono no estado, não posso dizer que vivo esse processo de perto. Mas a grande maioria dos professores que conheço e não conheço criticam enormemente esses programas, especialmente a Progressão Continuada, em que o aluno é aprovado por presença na escola, não importando o nível de conhecimento adquirido e rendimento escolar, e as bonificações por aprovação, que fazem com que os alunos sejam aprovados mesmo sem conhecimento pois a sua reprovação faz com que professores e escolas percam dinheiro. Somados, esses dois programas erradicaram quase por completo as chances dos alunos aprenderem algo na escola. Por isso o nível escolar diminui e as escolas formam cada vez mais analfabetos funcionais. Se não fosse a determinação de muitos professores altamente capacitados que insistem em lecionar no estado as escola pública sequer abririam as portas.
Outra consequencia, essa menos falada, é que muitos dos alunos formados nesse sistema hoje são pais de alunos completamente despreparados para cobrar das autoridades escolares aquilo que nem eles mesmos tiveram na escola. Não sabem o que cobrar da escola, dos professores, dos deputados, do governador. Não estão preparados para as discussões políticas, portanto não estão aptos a duvidar do sistema.
Alguns desses ex-alunos conseguem ascensão social e conseguem pagar escolas particulares para dar aos filhos a educação formal que não tiveram. Isso até é louvável, mas uma parte desses pais se soma a outros, oriundos de escolas particulares, que também estão despreparados para as discussões políticas e escolares. Vêem tudo pela ótica econômica do capitalismo, onde o fiho é cliente, não aluno, e a escola é investimento econômico resgatável em um ano, ou seja, não importa quanto o filho aprendeu, mas se ele passou de ano. Como muitas escolas particulares aceitam esse jogo e vendem diplomas, o nível educacional das escolas particulares também vêm caindo.
Em suma, praticamente todo o sistema educacional de São Paulo está viciado em formar analfabetos funcionais. Poucas são as ilhas de excelência que resistem a esse mar de sujeira que está imposto aos alunos de escolas que não ensinam, onde alunos não aprendem e se tornam cidadãos (será que se tornam?) muito menos informados de seus direitos e com menores chances no mercado de trabalho por sua pouca qualificação. Basicamente esta é a plataforma eleitoral defendida por José Serra e o PSDB para a educação nas próximas eleições à presidência da República, em 2010.
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Bom humor nas eleições!

Não é de hoje que as eleições no Brasil são motivo de piada. Já há muito tempo os políticos tiram o sarro da nossa cara fazendo campanha, distribuindo "santinhos", dando camisetas e bolsas-esmola. Depois de eleitos riem da cara dos inocentes, quero dizer, eleitores, que os permitiram novamente estar no topo da cadeia criminal brasileira, ou seja, nos cargos públicos eletivos.
Mas a recíproca também foi verdadeira um dia. Quando ainda havia liberdade para que nós, eleitores, pudéssemos decidir em quem votar, dois grandes exemplos de democracia participativa foram dados, o primeiro em São Paulo e o último no Rio de Janeiro.
Em 1958, o jornalista Itaboraí Martins propôs a candidatura do rinoceronte Cacareco, emprestado do estado do Rio de Janeiro para a inauguração do Zoológico de São Paulo. Era uma forma de protestar contra o baixo nível dos candidatos a vereador em São Paulo. O resultado foi uma alta adesão popular à candidatura, gente fazendo companha e mais ou menos 100 mil votos. O primeiro rinoceronte eleito vereador em São Paulo teve mais votos do que qualquer partido que tenha disputado aquelas eleições e ficou em segundo lugar, perdendo para um candidato que recebeu pouco mais de 110 mil votos. Rinoceronte bom de papo, não?
Na mesma linha, o pessoal do Casseta e Planeta lançou o Macaco Tião como candidato não-oficial à Prefeitura do Rio de Janeiro em 1988. Da mesma forma que em São Paulo, a candidatura "pegou" e o candidato primata teve mais de 400 mil votos, ficando em terceiro lugar na disputa eleitoral. Vale lembrar que quando essas duas façanhas aconteceram, não existia a urna eletrônica, portanto ainda era possível escrever o nome do candidato em quem o eleitor queria votar. Democrático esse sistema. Agora nem brincadeiras podemos fazer, a não ser que tenhamos idéias originais com números para mandar mensagens subliminares para os políticos...51 pode ser uma boa idéia (desde que a pessoa não vá dirigir um carro ou o país depois), 69 (creio que não necessita explicações mais detalhadas), 13 (número de azar em muitos países e culturas, principalmente no Brasil), 66 (o número do coisa-ruim) e por aí vai.
O problema não está em um jornalista ou um grupo de humoristas lançar a candidatura de algum animal caricato. Nos casos citados acima, o máximo que os políticos de cada época conseguiram dizer foi que não iriam se pronunciar. Afinal, dizer o que de um rinoceronte eleito vereador e um macaco com mais de 400 mil votos? O problema hoje é que os políticos resolveram brincar de humoristas e começaram a lançar eles mesmos os seus candidatos caricatos. Na minha opinião, todos os candidatos à presidência no Brasil não têm o apelo eleitoral que deveriam para se tornarem presidente desse circo. Mas pelo menos a Marina Silva tem uma história de vida interessante e o José Serra faz as suas cagadas por conta própria. O partideco dos trombadinhas, por falta de opção, lançou a candidatura da sua caricatura, mistura de macaco Tião e pinóquio, para tentar quebrar o tabu de nunca termos tido uma mulher eleita presidente do Brasil. Tudo bem que se o Lula apontasse para um barbeador descartável e o impusesse como candidato para seu partideco, ele seria aceito. E as pessoas, por mais incrível que pareça, votariam nele por representar aquilo que o povo brasileiro faz como eleitor (e o Pelé já dizia!): esse povo NÃO SABE VOTAR! Espero que ainda haja sã consciência suficiente no país para que o povo não se deixe levar novamente por esses humoristas, hoje disfarçados de partido político. Até porque nem o rinoceronte Cacareco nem o macaco Tião poderiam tomar posse, já o barbeador descartável do pt...
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Cidades Invisíveis!

O texto abaixo é o último capítulo do livro Cidades Invisíveis, de Ítalo Calvino. Mostra, para mim, uma certa desesperança com os rumos do país em que vivo, em especial nessa época de eleições que se aproximam. Também demonstra, no final do escrito, o que penso da função do professor hoje em dia, que não deixa de ser responsável pelo resgate dos alunos do inferno que se tornou a educação no Brasil. Esse diálogo se dá entre o explorador Marco Pólo e o grande imperador dos Tártaros, Kublai Khan.

O atlas do grande Khan também contém os mapas de terras prometidas visitadas mas ainda não descobertas ou fundadas: a Nova Atlântida, Utopia, a Cidade do Sol, Oceana, Tamoé, Harmonia, New-Lanark, Icária.
Kublai perguntou para Marco:
- Você, que explora em profundidade e é capaz de interpretar esses símbolos, saberia me dizer em direção a qual desses futuros nos levam os ventos propícios?
- Por esses portos eu não saberia traçar a rota nos mapas nem fixar a data de atracação. Às vezes, basta-me uma partícula que se abre no meio de uma paisagem incongruente, um aflorar de luzes na neblina, o diálogo de dois passantes que se encontram no vaivém, para pensar que partindo dali construirei pedaço por pedaço a cidade perfeita, feita de fragmentos misturados com o resto, de instantes separados por intervalos, de sinais que alguém envia e não sabe quem capta. Se digo que a cidade para a qual tende a minha viagem é descontínua no espaço e no tempo, ora mais rala, ora mais densa, você não deve crer que pode parar de procurá-la. Pode ser que enquanto falamos ela esteja aflorando dispersa dentro dos confins do seu império; é possível encontrá-la, mas da maneira que eu disse.
O grande Khan já estava folheando em seu atlas os mapas das ameaçadoras cidades que surgem nos pesadelos e nas maldições: Enoch, Babilônia, Yahoo, Butua, Brave New World. Disse:
- É tudo inútil, se o último porto só pode ser a cidade infernal, que está lá no fundo e que nos suga num vórtice cada vez mais estreito.
E Pólo:
- O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo e abrir espaço.
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Do fundo do Baú!

Revirando as minhas coisa para fazer uma faxina em casa descobri um exemplar do jornal de bairro "Folha do Míriam", daqui de perto de casa. A primeira vez que publiquei um texto em algum lugar foi nesse jornal, falando sobre educaçao e o governo Lula recém eleito. Reli o texto e apesar da falta de experiência e do texto um pouco mais grosseiro do que costumo escrever hoje, reparei que estava tudo lá: a tentativa de escrever sobre algo sério me segurando para não dar um esculacho na política nacional, a crítica aos sistemas educacionais, a esperança de que algo mudaria. Eu só não sabia que mudaria para pior. Mas resolvi publicar o texto mesmo assim, do jeito que foi escrito. Inaugura-se assim a série "Do fundo do Baú!".

Brasil novo, educação velha?

O Brasil tem um novo presidente da república, Luis Inácio Lula da Silva, do partido dos trabalhadores, que nunca esteve no poder federal anteriormente e que em quase todo o seu discurso de campanha criticou os modelos estabelecidos e propôs mudanças na política nacional. Isso incluía desde grandes reformas nas áreas tributária, econômica e previdenciária, entre outras, até mudanças suaves em campos estratégicos, como o da educação.

Essa questão vem sendo tratada com bastante cuidado pelo atual ministro da educação, Cristovam Buarque. Isso porque ele conhece a situação delicada que vive a educação hoje no Brasil em todos os níveis, desde o ensino fundamental até o universitário. E sabe também que apesar do governo ter em sua origem o apoio popular, o MEC – Ministério da Educação e Cultura – não terá aumento significativo na sua receita anual, ou seja, não terá dinheiro extra para a implantação de novos projetos.

As metas do MEC são três: erradicar o analfabetismo, construir a escola ideal e enfrentar a questão da universidade. Para chegar a resultados expressivos, várias medidas serão adotadas e outras estão em fase de estudo. A implantação de um programa de ensino fundamental de nove anos de duração será realidade no ano de 2004 em algumas regiões do Brasil, como por exemplo, em Minas Gerais. A proposta é incluir os alunos de seis anos na pré-escola, melhorando seu aproveitamento futuro e reduzindo a diferença de oportunidades entre ricos e pobres, já que os ricos têm acesso à pré-escola. O mesmo raciocínio funciona para a proposta de aumento do ensino médio de três para quatro anos, que seria equivalente aos cursos pré-vestibular que os ricos têm acesso.

Outro projeto do MEC é o Escola Ideal, que consiste, basicamente, em colocar todas as crianças na escola, equipar e modernizar os prédios e incentivar os professores. Também está em discussão a implantação gradativa do período integral nas redes públicas, oferecendo atividades esportivas aos alunos.

Para as universidades, os planos incluem a criação do Sistema Universitário Brasileiro, que englobará todas as universidades, públicas e privadas, e que terá como objetivo fazer com que essas assumam compromissos públicos, gerando conhecimentos para a melhoria das condições de vida das pessoas. Aumentar o número de vagas e o acesso aos mais pobres também está sendo discutido.

Os problemas que o ministro enfrentará serão enormes: evasão escolar, déficit de professores no ensino médio, desvalorização social do professor e analfabetismo funcional, entre outros.

A evasão escolar é um grande problema. Segundo dados do MEC, 96% das crianças em idade escolar são matriculadas no ensino fundamental, mas somente uma média de 50% conclui a oitava série. Este fato está intimamente ligado à situação sócio-econômica do país. Apesar disso, o aumento do número de estudantes que chegam ao ensino médio é constante. Por essa razão, surge um déficit no número de professores na escola pública, já que os profissionais buscam os melhores salários pagos pela escola privada. Em projeção do MEC, mantendo-se em proporção de 40 alunos por professor, seria necessária a contratação de pelo menos 46 mil professores.

Estes têm de enfrentar problemas delicados, como a desvalorização do seu trabalho, a baixa estima que isso causa, a falta de estímulos e os baixos salários. Não existe maneira de melhorar o ensino público sem melhorar as condições de formação do professor e também suas condições salariais e de trabalho.

Todos esses fatores geram graves problemas, incluindo o analfabetismo funcional, no qual o aluno não sabe ler, escrever ou contar. E se sabe ler, não consegue entender o que está lendo.

Assim, temos o retrato de um sistema de educação sempre punitivo à população de baixa renda, que no ensino médio e fundamental tem acesso apenas às escolas públicas, de má qualidade e no ensino superior, onde as universidades públicas representam o ensino de qualidade, os ricos lhes tomam as cadeiras, restando apenas a possibilidade de estudar em universidades privadas, muito caras e, muitas vezes, de qualidade inferior. O Brasil, que já aprendeu a educar a sua elite, precisa aprender a educar seu povo.

Em verdade, enquanto for mantido o tipo de educação que está em prática no Brasil, o país jamais conseguirá ser desenvolvido, pois isso requer níveis maiores de qualidade na educação, e que ela seja para todos.

É verdade que o ministro Cristovam Buarque e sua equipe estão se esforçando. Só nos resta, agora, torcer para que eles consigam um resultado satisfatório na equação entre os projetos de melhoria no ensino e os recursos que terão em mãos. A população, carente de educação e cultura de qualidade, aguarda ansiosamente pelas mudanças. E que elas sejam para melhor.

Publicado originalmente em "Folha do Míriam", edição de Agosto de 2003.
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Rapidinha! do derramamento de petróleo.

Sei que acabei de publicar uma postagem sobre o assunto. Mas não consegui evitar quando vi essa charge sensacional sobre como resolver problemas ambientais no mundo moderno.
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Como educar mal os seus filhos...

Nunca sabemos a veracidade dessas coisas que recebemos na internet...mas que é interessante é.

Policiais de Houston, no Texas, publicaram uma norma de 10 pontos de “como criar um delinqüente”. É interessante meditar neste resumo:

1- Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.

2- Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.

3- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até ele chegar aos 21 anos e “decida por si mesmo”.

4- Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.

5- Discuta com freqüência na presença deles. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.

6- Dê-lhe todo o dinheiro que quiser.

7- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar “frustrações prejudiciais”.

8- Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. (Todos têm má vontade com seu filho).

9- Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: “Nunca consegui dominá-lo”.

E, finalmente…

10- Prepare-se para uma vida de desgosto....

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Crime contra a humanidade!

No dia 20 de abril uma plataforma de petróleo operada pela empresa inglesa British Petroleum explodiu no Golfo do México, ficando por dois dias inteiros em chamas e afundando em seguida. De acordo com a empresa, pelo menos 11 funcionários morreram na explosão.
A consequência vem agora, com o vazamento de cerca de 6 milhões de litros de petróleo nas águas do Golfo, como visto na foto ao lado. Não é necessário dizer que esse é mais um desastre ambiental sem precedentes, que já é considerado pelo governo dos EUA como um dos maiores, talvez até o maior de todos os tempos a atingir a sua costa. Os cientistas não têm como fazer uma previsão sobre quantos litros de petróleo ainda serão derramados nas águas da região e nem qual o tamanho da área atingida. Sabe-se que uma grande área de exploração de peixes e camarões será afetada no litoral da Louisiana, assim como uma área pantanosa, com rico ecossistema. As autoridades estão fazendo de tudo para conter o avanço da mancha de óleo, mas as fortes correntes marinhas não estão permitindo, pois conseguem empurrar as barreiras para a costa. Certo mesmo é que ninguém estava preparado para tamanho desastre ambiental naquela região.
Em uma época em que muitas empresas alardeiam falsamente suas preocupações ambientais, entre elas a British Petroleum, desastres como esse já deveriam ser coisa do passado. Não há investimento real em produção de energias limpas porque isso não interessa aos grandes produtores mundiais de energias fósseis, assim como não interessa para países ricos, como EUA e Inglaterra, que teriam de trocar a fonte de energia de suas máquinas de guerra. Já imaginaram se uma nova tecnologia de energia para caças, helicópteros e tanques de guerra fosse inventada, fazendo com que tudo que existe hoje ficasse de repente ultrapassado? E já imaginaram o custo de fazer a adaptação ou a troca de todo material bélico existente par novas tecnologias mais eficientes? Garanto que isso não interessa aos países mais poderosos hoje.
Todos falam muito em preservação ambiental e naquilo que se pode fazer para "salvar o planeta". Primeiro que o planeta não precisa ser salvo, ele continuará existindo quando a raça humana for extinta (e não fará nenhuma falta!). Segundo que toda essa baboseira ambientalista não tem comprovação científica e não visa salvar o planeta ou a espécie humana, tenciona apenas enganar as pessoas para que elas gastem mais dinheiro do que deviam para comprar coisas que elas não precisam (viva a propaganda!).
Além disso, vemos atitudes ferrenhas de pessoas influentes, como a atriz Sigouney Weaver e o diretor de "Titanic" e "Avatar", James Cameron contra a barragem do rio Xingu no Brasil para a construção da usina de Belo Monte no Pará, mas nenhum deles se manifesta quando o problema é nos EUA. Coincidência, não? A verdade é que a crise ambiental virou um problema porque foi pensada para isso, levando a humanidade a uma histeria coletiva, com problemas que só podem ser resolvidos através de compras. Compra de que? De qualquer coisa que os gurus do ambientalismo mandarem. E como todo grupo de animais age como uma manada, sem pensar, correndo até o precipício achando que está indo para a salvação, a humanidade parece ter desistido de raciocinar por si e passou essa função para ambientalistas supostamente preocupados com problemas dessa humanidade. Os líderes dessa manada, garanto, na hora "h" acharão um jeito de se esquivar e deixar apenas os idiotas se sacrificarem para que eles sejam salvos.
É por esse motivo que vemos iniciativas como "a hora do planeta", do Greenpeace. Chamam pela mobilização da população de todo o mundo para "salvar o planeta", apagando luzes para economizar energia elétrica e gerar menos gases de efeito estufa. Já discuti isso em outra postagem, não vou perder mais do meu tempo com isso. Mas será que as pessoas não pararam para pensar que países ricos e grandes empresas continuam a poluir o mundo enquanto colocam os indivíduos para fazer algo? Responda rápido a essas duas perguntas: Quem polui mais, você ou a empresa para a qual você trabalha? Quem tem mais poder e responsabilidade sobre essa poluição?
Se você, caro leitor, tiver algum conhecimento sobre a causa ambiental saberá as respostas certas. Então, se eu poluo menos do que a empresa em que trabalho e, como consequência ela terá mais responsabilidade que eu e mais condições de fazer algo, porque toda a mídia diz que a culpa é minha? A resposta é simples, mas precisei ouví-la de uma colega, a doutoranda em climatologia Daniela Onça, em uma palestra: o ser humano é tão insignificante para o planeta que ele gosta da idéia de ser considerado individualmente como responsável por algo, nem que esse algo seja o fim do mundo. Bem vindos à humanidade, gente.
Não estou dizendo que o ser humano é inocente de todas as acusações de crimes ambientais. Temos culpa de milhares deles. Mas uma parte da humanidade é usada, explorada, massacrada para ganhar um mínimo de dinheiro e fazer explorações pouco ecológicas no mundo. Enquanto isso, a outra parte, bem menor, ganha quantias exorbitantes de dinheiro poluindo o mundo e agora quer também ganhar dinheiro vendendo a imagem de ambientalistas bonzinhos. Tiremos os lucros capitalistas desses ambientalistas e veremos quem são os bonzinhos que ficarão para contar a história. Lembram do ditado "o último a sair apague a luz?" O movimento ambientalista se esvaziaria tão rápido que não haveria ninguém sequer para apagar a luz, de tão preocupados com o planeta. Não daria tempo. Estariam mais preocupados em inventar um novo problema para poder propor novas soluções que os fariam continuar ganhando rios de dinheiro. E o planeta? Esperam que ele exista por tempo suficiente para ganhar o máximo de dinheiro possível para poder comprar a sua efêmera existência quando a humanidade começar a definhar.

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Belo Monte de que mesmo?

Uma grande discussão tomou de assalto o país no último mês: a discussão sobre a construção da Usina de Belo Monte, no Pará. Muito se discute sobre as pessoas afetadas, os prejuízos ambientais, entre outras coisas. Me perguntaram na sala de aula sobre isso, então resolvi colocar como postagem no blog.
Primeiro temos de dividir o tema: que país queremos para os próximos vinte anos? Se temos alguma pretensão de ser um país minimamente desenvolvido, precisamos de energia elétrica. Se não, podemos continuar com esse sistema capenga, consertado com cuspe e chiclete e que atende mal e porcamente o país hoje. Se crescermos um pouco mais do que está previsto (mais ou menos 5%) ao ano, não teremos energia para atender a demanda. Que fiquem bem claras duas coisas: a culpa do sistema não funcionar é dos políticos que estão no poder agora e desde o final da era militar, que não investiram em desenvolvimento mais do que o necessário para fazer propaganda política; eu particularmente não acredito que o país vai crescer nem 5%, afinal não temos infraestrutura para crescer nem essa meta.
Não podemos dizer que usinas são descartáveis, mas um plano melhor desenvolvido, com usinas menores, trabalhando em linha, trariam a mesma quantidade de energia e teriam impactos ambientais bem menores. A partir do momento em que estudos mostram que as usinas hidrelétricas não são uma energia tão limpa assim, pelo menos nos dez primeiros anos de existência (liberação de gás metano pela decomposição de matéria orgânica em ambiente anaeróbico), e em que países europeus e ambientalistas começam a repensar o uso de energia termonuclear, construir mais uma usina enorme (seria a 2ª maior do país), com baixo potencial gerador para a média do país, é um erro grosseiro de estratégia e planejamento.
É bem verdade que o projeto foi revisado e o que pretende-se que saia do papel é algo com impacto muito menor do que o projeto original, de cerca de 30 anos atrás. Mesmo assim, essa usina vai alagar uma área imensa, que representa a perda irreversível de um patrimônio natural de valor inestimável. Mais importante do que isso até é o caso da perda de patrimônio cultural da população ribeirinha e dos índios que moram nas áreas afetadas pela formação do lago.
Pelo menos por enquanto, a discussão ficou no menos importante: quem vai administrar a usina? Um consórcio, o governo federal ou ambos? Ninguém sabe. O que se sabe é que a usina vai sair do papel, afinal atende os interesses dos grandes industriais do ramo da construção civil que financiaram as campanhas vitoriosas do atual presidente da república (patrocinaram também os perdedores, para o caso de eles sairem vencedores. Em todos os casos só que perde é o país).
Sabemos também que construir usinas menores e com menos impacto seria mais inteligente e exatamente por isso não será feito. Se fossem feitas, eu seria obrigado a admitir a existência de pessoas inteligentes na política do país. E por fim sabemos que as pessoas afetadas pouco importam no processo, afinal serão removidas e aquelas que não forem virarão mão-de-obra barata para algum empreendimento do futuro lago. Nem vou comentar sobre preocupações ambientais, já que elas não existem nem aqui nem na China.
Mais uma vez o governo usou da tática de desviar a atenção da discussão para o que menos importa. Não me importaria se não tivesse funcionado. Fica o lembrete: é ano de eleições. Se o povo é tão facilmente manipulável em um assunto que afeta apenas uma parte do país, o que se dirá da campanha presidencial? Eu digo, bem alto: que venha a inundação.
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Pense!

"Quem não raciocina é fanático, quem não sabe raciocinar é um imbecil e quem não ousa raciocinar é um escravo"
W. Brumon

Sobre o autor!

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Sou apenas um brasileiro, professor de Geografia, crítico da Política e das "politicalhas" que vejo todos os dias por aí. Sou um cara simpático com meus alunos e amigos, totalmente antipático com e que não acredita mais em política, que gosta muito de dar aula, principalmente pela liberdade de expressar minhas opiniões e discutí-las com os alunos. Gosto de viajar, gosto do bom e velho Rock'n'Roll. Gosto muito de Geografia e de estudar os "matos" desse país. Acho mesmo que nasci no país errado: prefiro campo a praia, vinho a cerveja, frio a calor, morenas a loiras, honestidade ao famoso "jeitinho brasileiro". Enfim isso tudo. Quem quiser saber mais pergunte para meus amigos e alunos.

Sobre o Blog!

Olá a todos.


Estamos caminhando por um mundo globalizado que não enxerga diferenças mais do que econômicas, por isso esse é um dos focos dos atuais estudos geográficos. Como amante, seguidor e professor dessa velha matéria, me sinto na responsabilidade de passar as idéias e atualidades desse contexto para os meus alunos e amigos, como quaisquer outros seguidores que vierem.

A visão é de uma pessoa que passou por diversas dificuldades e ainda passa, vivendo na periferia e tentando, a partir dela, criar certa resistência ao processo de desmonte da educação como um todo que acontece hoje no nosso país. Portanto, continuem se sentindo em casa, e não se esqueçam de comentar e dar suas opiniões sobre cada postagem. Como sempre, respondo aos comentários o mais breve possível.



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