Queda nos lucros!
Aparentemente a teimosia do setor de supermercados em ter lucros abusivos deixando de distribuir as sacolas plásticas pagas pelo consumidor não teve bons resultados. Mas não custa tentar, certo? Ao que parece o gado não ruminou como se esperava, quero dizer, o povo não achou engraçado ter de carregar as compras nas mãos, tudo misturado dentro de mochilas ou caixas de papelão de sabão em pó, muito menos ter de comprar a solução oferecida, ou seja, sacolas plásticas para carregar as compras. Parece que até para idiotice existe limite e, dessa vez, o limite da idiotice foi atingido.
No dia 28/06/12 a justiça determinou que os supermercados voltassem a entregar as sacolas plásticas para a população, o que foi cumprido por todas as bandeiras de supermercados. Não que eles não estivessem gostando da ideia de colocar em prática as táticas mafiosas de cobrar por proteção, quer dizer, criar um problema para os consumidores economizando dinheiro e ainda lucrar vendendo a solução para o seu refém, quer dizer, seu consumidor.
Um problema que se achava não interferiria nos lucros seria a queda nas vendas, afinal o consumidor deve consumir, certo? Até certo ponto sim, mas aquelas vendas que o consumidor fazia por instinto ou para aproveitar promoções diminuíram bastante, afinal como carregar caixas de leite sem as sacolas, por exemplo? Isso atrapalhou os planos de lucros exorbitantes sem nenhuma consequência e por isso os supermercados nem devem ter achado tão ruim assim voltar a entregar as sacolinhas plásticas. Apenas um teste que deu errado, resta esperar qual será o próximo.
Parando com as metáforas, a coisa é clara: os supermercados acharam que iriam faturar rios de dinheiro deixando de distribuir as sacolinhas plásticas que cobram dos consumidores desde sempre, cerca de cinco milhões de reais por ano. Ainda lucrariam muito dinheiro vendendo a solução para os pobres infelizes dos consumidores que não tinham opção a não ser comprar as soluções vendidas por eles. E, é claro, colocando a culpa de tudo isso no meio ambiente e na falsa preocupação com o lixo e com a poluição. Felizmente dessa vez a justiça fez com que valesse o bom senso e o consumidor não fosse enganado pelo falso discurso ambientalista.
Quando se fala em poluição e meio ambiente não recomendo que as vozes ouvidas sejam as das grandes corporações capitalistas, por motivos óbvios. Para elas o lucro é a única finalidade, é a razão da sua existência. Por isso acreditar que elas abririam mão de seus lucros para preservar o meio ambiente é no mínimo idiotice