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Um verdadeiro desastre!

Aqueles que me conhecem sabem que eu jamais escreveria nesse espaço logo após um evento traumático como o acidente ocorrido no aeroporto de Congonhas, vitimando aproximadamente 200 pessoas. A lógica impede que qualquer hipótese seja levantada sem uma possibilidade imensa de erro. A verdade é uma só: não sabemos o que aconteceu. E não saberemos tão cedo. Mas aqueles que me conhecem sabem também que eu nunca me atenho ao óbvio, então não falarei sobre o acidente em si, e sim sobre suas repercussões.
Todas as vezes que acontecem acidentes dessa forma, as pessoas comentam, procuram explicações, choram os mortos. Mas no Brasil sempre acontece algo a mais: adversários políticos usam do ocorrido para ganhar pontos com a população. Parece uma corrida, como nos interrogatórios de filmes e seriados policiais: "quem falar primeiro garante o acordo e terá uma redução na pena".
O governador do Estado, José Serra, apareceu imediatamente falando com dados técnicos, o que demonstrava pelo menos interesse no aconteceu. Mas não perdeu a oportunidade de "alfinetar"o governo, deixando claro que o aeroporto tinha de passar por reformulações, que são de responsabilidade de governo federal. O Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, também se pronunciou a respeito, com o mesmo tom e discurso. O governo federal, na imagem do seu maior representante, achou melhor ficar três dias sem dar as caras, em uma tentativa clara de não ligar a sua imagem à do acidente. Foi em vão. A Rede Globo conseguiu filmar o acessor especial da presidência, Marco Aurélio Garcia e um secretário comemorando com gestos obscenos a possibilidade do avião da TAM estar com problemas.
Isso apenas demonstra aquilo que venho falando há anos, meus alunos e ex-alunos são testemunha disso: a infantilidade dos políticos brasileiros é assombrosa! A oposição (vejam bem, não estou falando de PARTIDOS!) nunca perde a oportunidade de jogar a bomba no governo, como fez bem seu papel o governador do Estado, que sem saber o motivo do acidente condenou a pista e, consequentemente, o responsável por ela, o governo. A situação, além de não se pronunciar oficialmente por três dias ainda "comemorou" o ocorrido, afinal a culpa passava do governo para outro. Para quem? Não importa, só importa que a culpa "não seja minha".
Os peritos ainda demorarão para determinar o que ocorreu realmente naquele dia fatídico. Enquanto isso, o governo e a oposição propiciaram ao país e ao mundo um verdadeiro show de horrores, algo que não consigo achar palavras para descrever. A disputa política no Brasil ultrapassou os limites da razão. Na luta por quem controla as propinas, o tráfico de influências, lobbies, comissões, CPI's, concorrências com cartas marcadas, entre outras coisas que sequer conhecemos, os políticos brasileiros conseguem ver na tragédia das pessoas oportunidades eleitorais. Na minha humilde opinião, os infelizes que se deixaram gravar comemorando dentro do Palácio do Planalto apenas representam a classe política: alguns comemoraram, outros torceram o nariz. Mas a oposição foi esperta o suficiente para fechar as janelas. Todos agora contabilizam os "trocados" eleitorais conseguidos nesses dias, afinal ano que vem teremos eleições novamente. E a vida segue, menos para as milhares de vítimas de um sistema político que sequer entrou ainda na pré-escola da política. O que importa são os votos e o controle sobre as verbas pública. O povo? Esse não têm a menor importância! São vítimas de políticas e políticos que são um verdadeiro desastre!

Aos familiares, meus pêsames e meus respeitos. Aos bombeiros e voluntários, minhas congratulações.

Àqueles que tiraram fotos de vítimas e colocaram para circular na internet (como sempre), tenho nojo de saber que vocês são considerados seres humanos.
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Ainda sobre o Pan!

O Pan-americano do Rio 2007 nem tinha começado e já marcava um grande record, difícil de ser batido no futuro. O seu orçamento original estava estimado em R$ 400 milhões. De acordo com o próprio Palácio do Planalto, os custos finais chegaram à casa dos R$ 3,7 bilhões, um aumento de cerca de 800%. Difícil acreditar que em um país em que o sistema educacional é uma vergonha, transporte, moradia, segurança não existem, a saúde é motivo de piada (sem graça, é claro!), tenha gasto tal soma na realização desse evento. Perguntam-me: "Mas não é importante para o país? Não melhora a auto-estima do povo, a imagem do país lá fora?"
Minha resposta é não! Não vejo importância na realização do Pan no Brasil, pelo menos não aquela que falam por aí. É uma competição esportiva interessante, muito bonita de ser vista. Como já disse, as instalações ficam, isso é verdade. Mas a auto-estima do povo volta lá para baixo quando chegam as contas, o mês continua quando o salário já acabou e quando o presidente do Senado diz que para tirarem-no do cargo terão de "sujar as mãos", mesmo com todas as denúncias. (Muito sugestivo!)
E com relação a melhorar a imagem do país, também não acredito. Não melhora pois todos os problemas que o Rio tinha continua tendo. Insegurança, balas perdidas, caos na saúde...nada muda, apenas "dá um tempo". Quando os jogos acabarem, tudo volta ao normal.
Com relação aos montes de problemas que existem no Brasil, a realização desse evento se torna algo sem importância. Afinal, construiu-se tudo para os atletas, para as modalidades esportivas. Para o povo, não se contrói nada? Não existe dinheiro? Pelo que parece existe. Como sempre o povo é deixado de lado em nome de algo "maior".
Mas está certo o Presidente da República, quando diz que o país está habilitado para sediar uma Olimpíada. O custo estimado para os próximos jogos olímpicos de Pequim, na China, está em cerca de R$ 4,8 bilhões. Pelo menos gastar dinheiro como eles nós já sabemos .
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Pan do Rio de Janeiro!

Os jogos Pan-americano são um grande evento esportivo. A realização desse evento deveria ser algo louvável. Mas como estamos no Brasil...
Eu ficaria realmente muito contente em não ver as histórias reais que passam na TV nesses dias, como o caso de um arremessador de martelo que treina girando botijões de gás ou um remador que terá de abandonar o esporte depois dos jogos pois a mãe está doente e, não tendo patrocínio, ele terá de trabalhar para ajudar no sustento da casa. Mais importante que realizar uma competicão desse nível seria o Brasil olhar para esses atletas com um pouco mais de carinho. Não adianta agora todos ficarem depositando as esperanças de medalha nesses atletas. Não dá para ficar completamente concentrado na competição se preocupando com as contas vencidas em casa. É verdade que muita coisa já mudou, mas ainda precisa melhorar. A deplorável situação do patrocínio aos atletas brasileiros só perde para a cara-de-pau de alguns políticos que se aproveitam quando uma equipe ou um atleta conquista um record, uma medalha. Sempre querem tirar fotos, fazer propaganda. Mas ajudar que é bom, nada.
Outra coisa que me preocupou foi a falta de consciência da organização. As finais de sete modalidades, as mais procuradas, não serão vendidas nas bilheterias, como se todo brasileiro tivesse acesso à internet. Órgãos de defesa do consumidor já avisaram: qualquer que se sentiu lesado pode entrar na justiça contra a organização, especialmente por perdas e danos e por não ter havido igualdade de condições na compra. Isso sem contar na ação dos cambistas, flagrados em plena ação no primeiro dia de venda nas bilheterias. Enquanto isso, ingressos já são vendidos abertamente no Mercado Livre, site de compra e venda na Internet.
E o resto? Tudo vai dar certo. As competições acontecerão na mais plena paz, os traficantes terão uma sorte de clientes muito maior e por isso ficarão quietinhos. A infra-estrutura montada fica, é verdade. Mas isso não garante o respeito que os atletas merecem. Eles devem ser lembrados depois de terminadas as competições.
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Enquanto isso, no Senado...

Parece que não estou mesmo conseguindo fugir do assunto nesses dias. É que é inevitável exemplificar hoje como me sinto com relação ao nosso nobre ex-senador da república, Joaquim Roriz. Na quarta-feira, dia 04, ele renunciou ao seu mandato apenas seis meses depois de assumí-lo. Tendo sido flagrado em escutas telefônicas da Polícia Federal, não tinha como escapar do processo que poderia tirar seus direitos políticos por vários anos. Para não correr esse risco, preferiu renunciar, mantendo a sua elegibilidade. Mas parece que crimes foram cometidos, espero que sejam investigados.

Temo que fique por aí. Não que ficar de fora dos "negócios" do senado não seja uma grande punição. No entanto, não consigo entender do que o ex-senador tem medo. No discurso que ele interpretou na semana passada, ele alegava ter apenas pedido um empréstimo a um amigo. Posso estar enganado, mas isso, se comprovado, não seria o suficiente para a dita "quebra do decoro parlamentar". Como bem diz minha mãe, quem não deve...
Realmente é para lamentar.

Enquanto isso, o presidente da casa e seus aliados continuam com manobras para evitar que o processo por quebra de decoro parlamentar siga adiante. O presidente é acusado de ter contas pessoais pagas por um "lobista", de uma grande construtora. Enquanto fica na cadeira da presidência e defende-se da forma que pode, apenas uma coisa está garantida: a imagem do Senado Federal nunca mais será a mesma. O povo pode até continuar a eleger pessoas desse tipo. No entanto, credibilidade o Senado Federal jamais terá como antes. Bom trabalho, senadores.

P.S. Não tem fotos de propósito, caro leitor. Não mais farei propaganda dessas pessoas.
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Obrigado!

Mais uma vez venho a esse espaço falar de política. Mas dessa vez, venho agradecer ao pessoal de Belém do Pará, pelo serviço prestado à todos os críticos da gestão pública pelo país afora. Ontem, o segurança Antônio Carlos Barbosa, 40 anos, deu entrada na UMS de Marambaia, Belém do Pará, com insuficiência respiratória. Sua agonia durou mais de duas horas, entre atendimentos e espera por remoção. Resultado: morte por infarto. Uma gravação foi veiculada pela imprensa, onde Antônio é mostrado recebendo oxigênio e mais nada. A família diz que os equipamentos necessários, como o desfibrilador, não estavam funcionando. A SESMA, secretaria municipal de saúde, diz que estavam. O médico diz que o paciente não poderia ser removido pelo risco de morte no transporte. O sindicato dos médicos (Sindisaúde) fazia naquela unidade uma manifestação pela melhoria de condições de atendimento. A SESMA diz que a unidade está aparelhada e com profissionais para atender às grandes necessidades da comunidade. Parece que cada grupo vive em um planeta diferente, de tanta divergência no que falam.
A crítica a ser feita é ao sistema de saúde DO PAÍS, não de um lugar. Nunca foi do interesse dos políticos que a saúde pública funcionasse, pois se isso acontecesse eles teriam que mudar o jeito de fazer política, deixando de lado a chantagem eleitoreira. "Se você votar em mim, ganha uma dentadura, se não votar não recebe água no período de secas." E isso é só um exemplo. Mas fica claro quando é na saúde, pois a consequência é imediata, a morte das pessoas. As duas únicas coisas que posso fazer, nesse momento de indignação, é dar meus pêsames para a família pela perda do ente querido. A outra? Nem posso dar os pêsames ao sistema de saúde, pois estaria atrasado. Esse já está morto tem muito, muito tempo. Por isso agradeço, mais uma vez, por mostrarem ao mundo o quanto os governos brasileiros são incompetentes no trato com a população. Mas isso é o que se mostra. Se fosse realmente incompetência ainda "estaria bom". Melhor passar por incompetente do que admitir que é para isso que o sistema de saúde foi pensado!
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Pense!

"Quem não raciocina é fanático, quem não sabe raciocinar é um imbecil e quem não ousa raciocinar é um escravo"
W. Brumon

Sobre o autor!

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Sou apenas um brasileiro, professor de Geografia, crítico da Política e das "politicalhas" que vejo todos os dias por aí. Sou um cara simpático com meus alunos e amigos, totalmente antipático com e que não acredita mais em política, que gosta muito de dar aula, principalmente pela liberdade de expressar minhas opiniões e discutí-las com os alunos. Gosto de viajar, gosto do bom e velho Rock'n'Roll. Gosto muito de Geografia e de estudar os "matos" desse país. Acho mesmo que nasci no país errado: prefiro campo a praia, vinho a cerveja, frio a calor, morenas a loiras, honestidade ao famoso "jeitinho brasileiro". Enfim isso tudo. Quem quiser saber mais pergunte para meus amigos e alunos.

Sobre o Blog!

Olá a todos.


Estamos caminhando por um mundo globalizado que não enxerga diferenças mais do que econômicas, por isso esse é um dos focos dos atuais estudos geográficos. Como amante, seguidor e professor dessa velha matéria, me sinto na responsabilidade de passar as idéias e atualidades desse contexto para os meus alunos e amigos, como quaisquer outros seguidores que vierem.

A visão é de uma pessoa que passou por diversas dificuldades e ainda passa, vivendo na periferia e tentando, a partir dela, criar certa resistência ao processo de desmonte da educação como um todo que acontece hoje no nosso país. Portanto, continuem se sentindo em casa, e não se esqueçam de comentar e dar suas opiniões sobre cada postagem. Como sempre, respondo aos comentários o mais breve possível.



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