Governos ditatoriais de esquerda, com chegada ao poder através de golpes de Estado, são coisa do passado. Não são mais a intenção daqueles que se declaram comunistas ou "socialistas do século 21". A chegada ao poder deve ser feita democraticamente, através de eleições diretas, para legitimar a subida aos cargos mais elevados de um país.
No caso brasileiro, temos uma história recente de democracia. O século passado foi marcado por períodos ditatoriais, com Getúlio Vargas nas décadas de 1930 e 1940, e uma sucessão de governos militares de 1964 até 1985 como principais expoentes.
A chegada ao poder da dita "esquerda" é apenas o primeiro passo para a implantação de um comunismo no Brasil. Diferentemente de Fidel, que é das antigas e de Chávez, que gosta do militarismo, a esquerda brasileira segue os escritos de Antonio Gramsci, especialmente em seus "Cadernos do Cárcere". Ele propôs uma tomada de poder diferente de Lênin, que dizia que o poder deveria ser tomado e depois a sociedade seria transformada. Já Gramsci dizia que primeiro se muda a sociedade para depois tomar o poder, sem derramamento de sangue.
Para isso, se infiltrariam na sociedade lenta e gradualmente colocando na cabeça das pessoas a idéia da revolução. Substitui a idéia de "ditadura do proletariado" de Marx pela "hegemonia do proletariado", massificando a população e dando a ela a impressão de que ela faz parte de uma importante mudança em curso. Necessário também controlar todos os meios de difusão cultural, como escolas, editoras e mídia em geral.
No Brasil, o projeto passa pela reeleição de Lula, que não é possível por lei. Não conseguindo alterar a constituição para que isso acontecesse (não significa que não tentaram!), o partido deve eleger alguém em quem confie para continuar o processo. Por esse motivo, Dilma é a "mãe do PAC", colocando nas pessoas a idéia que o progresso está no caminho certo. Se gastar 76% dos recursos e construir 45% das obras for o caminho certo, não entendo mais o que é certo.Também se fala em maior distribuição de renda e diminuição do número de pobres (o que é verdade), mas "se esquecem" que o país está no 3º pior lugar em distribuição de renda nas Américas, atrás apenas de Bolívia e Haiti. O que o governo gasta com propaganda é mais do que se gasta com saúde pública! Deve ter algum motivo, não?
O controle das diferentes mídias é outro caso à parte. Desde o início do governo Lula, houve diversas tentativas de impor um controle estatal às midias, sempre rechaçadas pela própria sociedade. Desde que o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos foi rejeitado, o governo se viu na necessidade de inventar outra forma de passar na Câmara e no Senado o controle estatal sobre a mídia, sem a qual o projeto para o Brasil fica comprometido. Mas um novo projeto está a caminho e será enviado para votação ainda esse ano, assinado por Franklin Martins. Tudo de acordo com as idéias de Gramsci, de implantar o totalitarismo de esquerda lenta, pacífica e sorrateiramente.
Por esse motivo revi meu ponto de vista e nessa eleição votei contra o pt, abandonei a postura de anular o voto e fiz do meu um voto de protesto contra esses "revolucionários". No segundo turno, espero, mais pessoas possam descobrir o plano dessas pessoas, de construir um novo "Reich", dessa vez no Brasil. Porque chegar ao poder eles já conseguiram. Mas são contra o jogo democrático e por isso atuam de forma a não haver mais alternância no poder. Não se pode dizer que Lula não mudou o Brasil. O país se tornou mais corrupto, menos rico do que poderia, a população não se vê mais obrigada a seguir as leis e o país está cada vez mais perto de se tornar uma ditadura. É claro que todos os que contribuíram para que os eleitores de hoje sejam tão pateticamente enganados, herdeiros de uma escola pública feita para formar imbecis, são culpados. Mas não creio que isso seja um bom motivo para deixar que um bando de ladrões, corruptos, corruptores, gente da pior índole possível e sem nenhuma ética continue no poder, implantando um projeto de comunização do Brasil.