Um turbilhão de ideias!

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Paixão pela Geografia.

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Mapa do Mundo de I. Evans - 1799.

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Decorativos e lindos.

Geografia física

Estudar o físico para entender o humano.

Geopolítica

A arte de entender o mundo.

E o ano chega ao fim.

Finalmente 2011 chegou ao fim. Lembrando de tudo o que aconteceu, não há como não comentar certas coisas.
O ano foi muito corrido, do início ao fim. Montei uma casa e ganhei um grande presente de Deus, minha filha Beatriz, portanto estou agora morando com as duas mulheres da minha vida.
Troquei de emprego, saí de um lugar que me deixava feliz e inseguro com relação ao dinheiro e fui para outro onde começo a me sentir em casa novamente. Adaptações são sempre meio difíceis, principalmente quando lidamos com pessoas. Mas foi tudo bem.
Como é hora de fazer um balanço, olho para minha vida e não para o resto. Não gosto de fazer retrospectivas, poucas vezes quebrei esse preceito. Mas olhando para o ano de 2011 vejo um ano de muito trabalho, muitas alegrias, muitas tristezas e muito apredizado. Pena que algumas coisas ruins tenham que acontecer para que possamos estar mais preparados para a vida. Pela primeira vez tive de conviver com a morte de uma aluna e agora nos últimos dias do ano tive de ver uma querida amiga enterrar seu irmão, cinco anos mais novo do que sou hoje. Muito complicada essa vida. Se pelo menos pudermos tomar como lição o que aconteceu e crescermos, nos tornarmos pessoas melhores do que somos hoje já terá valido a pena mesmo as coisas ruins. Sei que abandonei o blog por um tempo, não foi  a primeira vez. Mas se existe uma promessa que posso fazer e que pretendo cumprir em 2012 é não abandoná-lo novamente. Vou me organizar para mantê-lo atualizado, mesmo que semanalmente. De resto, como diz a música, deixa a vida me levar. Coloquei um barquinho no mar para navegar, ou seja, pus uma filha no mundo e agora tenho que agir certo e imaginar que, apesar de todas as intempéries da vida vou conseguir levá-lo para portos seguros. É só isso que posso desejar para 2012. Obrigado à todos os amigos que vi, que não vi, que negligenciei ou que abracei em 2011. Espero poder abraçar a todos em 2012, e espero que apenas em ocasiões felizes.
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Uma gaiola saiu à procura de um gato ou; quando os ratos pedem para serem livres dentro da gaiola.

Na situação em que a verdade é um momento do que é falso, o ficcional toma o lugar do real. Aí então os ratos presos na gaiola pedem para que os gatos só cacem (matem, torturem, prendam) os ratos que estão fora da gaiola.
Os ratos - se achando muito rebeldes - querem ser livres dentro da sua prisão. Os ratos não entendem que é impossível ser livre cercado por muros.
Os ratos não percebem que estão sendo cultivados pelos gatos. Os gatos convenceram os ratos que eles são especiais dentro da gaiola.
Os ratos se acham até revolucionários quando pedem para que seja conservada sua gaiola sem gatos não percebendo que pedem para serem conservados presos, sem perceberem que quando pedem para conservar estão sendo conservadores.
Os ratos - tão ocupados em correr na roda que há dentro da gaiola - se esquecem que há uma academia de gatos bem na entrada da gaiola. Os ratos não percebem que a grande parte dos conhecimentos que adquirem dentro da gaiola é para que sejam competentes ao justificar a ação dos gatos.
O sonho de muitos desses ratos é um dia ser gatos. Então os ratos elegem representantes e fazem assembleias seguindo todo o modelo usado pelos gatos.
E então os representantes dos ratos sentam-se na mesa de negociação dos gatos, e dão entrevistas à tv dos gatos manifestando sua indignação por estarem sendo molestados dentro da gaiola feita e mantido pelos gatos. Os ratos indignados alegam que foi combinado com os gatos que eles teriam autonomia dentro dos muros...ops...digo: da gaiola.
Mas alguns ratos não gostam da gaiola, preferem a cidade. E na contramão da miséria do movimento estudantil dos ratos eles lançam a pergunta:
Porque então não prendemos os gatos dentro da gaiola?
(Autoria do texto é o contexto, é a situação que vivemos)

Folheto distribuído na FFLCh-USP durante a pseudo-greve de alguns poucos alunos da dita universidade. Vale lembrar que o texto não poderia ter autoria revelada mesmo, afinal todos que criticam abertamente as atitudes dos "comandos de greve" correm sérios riscos de sofrerem represálias, desde o síndico que foi ameaçado porque estava trancando as portas das salas para que as cadeiras não fossem empilhadas até as professoras que criticaram os atos dos grevistas abertamente e tiveram as portas de suas salas pichadas. É a democracia dos partidos políticos que controlam o miserável e vergonhoso "movimento estudantil" atual na USP.
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"Eu sei, mas não devia" de Marina Colasanti.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
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E o cartel se mexe!

Há pouco tempo atrás os consumidores brasileiros tinham pouca opção quando iam comprar um carro. Isso porque as montadoras brasileiras atuam como um cartel, que é formado por um número pequeno de empresas que controlam o mercado consumidor e trabalham preço similares para um mesmo tipo de produto. É por esse motivo que as montadoras podem trabalhar preços abusivos no mercado brasileiro, ganhando mais dinheiro aqui do que em qualquer outro lugar do mundo. Em grande parte a culpa é das montadoras, mas como prática ilegal de crime contra a economia, deveria ser combatida pelo governo. Mas ao que parece o governo é composto por funcionários das grandes montadoras e não do povo, que paga os seus salários, propinas, desvios e qualquer outro nome que se dê ao roubo de dinheiro público no Brasil.
De uma forma geral, as regras do capitalismo são simples de entender mesmo que sejam questionáveis. A livre concorrência faz com que novas tecnologias sejam pesquisadas, surjam novas formas de produção, diminuam-se custos e assim aumente-se o lucro. Resumindo pode-se dizer que a concorrência entre as empresas de um mesmo ramo garantem ao consumidor final produtos com mais tecnologia incorporada a custos menores.
Mas essa nunca foi uma realidade no setor automobilístico brasileiro. As poucas empresas do setor que estão no Brasil determinam seus preços do jeito que querem, sem interferência do governo. Trabalhando com combinações de preços levaram à falência a única indústria automobilística genuinamente brasileira, a Gurgel. Ao fazer isso, aprenderam que o seu funcionamento como cartel poderia não apenas garantir a hegemonia no mercado consumidor contra outros concorrentes mas garantir taxas de lucros muito acima do aceitável, atendendo ao princípio básico do capitalismo: o lucro máximo.
A entrada das montadoras chinesas no Brasil, vendendo carros com muito mais tecnologia e por preços muito abaixo dos praticados no país não poderia mesmo passar despercebida. Pelo pensamento dos chineses, que tive oportunidade de conhecer, pude concluir que as chinesas como a JAC motors ou a Chery não entraram no jogo do cartel formado no Brasil e puderam por um tempo vender carros sem sofrer represálias. Mas agora os funcionários do cartel, que são os governantes desse país, já criaram uma regra para que as chinesas não levem vantagem sobre o cartel, vendendo carros mais baratos. O governo federal acaba de mudar as regras do IPI (imposto sobre produtos industrializados), aumentando a alíquota em até 30%. A desculpa é de que as montadoras devem ter pelo menos 65% de peças feitas no Brasil para ter desconto no IPI. Mas o recado é simples: ou entra no cartel ou sofre represálias do governo. Se for o caso, que o consumidor perca a alternativa de comprar carros mais baratos. Mas que se mantenham os cartéis que prejudicam a economia nacional, seu crescimento e seus consumidores. O consumidor que se dane. Continue pagando pelo menos o dobro por carros que são feitos aqui e vendidos em vários lugares do mundo. Como disse um alto funcionário de montadora no Brasil, para que vender mais barato se o consumidor paga preços abusivos? Respondo: por falta de opção e por falta de um governo que proteja seus cidadãos. Nada mais.
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Plástico como fonte de combustível?

Para os ambientalistas de plantão uma grande novidade foi divulgada por um cientista japonês, Akinori Ito, que buscou uma solução prática para dois problemas daquele país: primeiro o lixo gerado em grandes quantidades por uma sociedade de consumo rica, em um país altamente desenvolvido tecnologicamente; depois a falta de matérias primas que assola o Japão já há longos anos, inclusive a falta de combustíveis.
De acordo com a nova tecnologia, plásticos são derretidos e reconvertidos em querosene, gasolina ou óleo diesel, sem queima e sem emitir gás carbônico. Sem discutir a veracidade do video e da novidade, uma vez que não tive contato com ela, podemos discutir as intenções da pesquisa, enquanto a prefeitura de São Paulo e os vereadores ficam de palhaçada proibindo os supermercados de colocar sacolas plásticas à disposição de seus clientes, mas não proibindo os mercados de venderem sacos de lixo plástico.
Para aqueles que gostaram da ideia e quiserem ver como funciona o processo, que não foi divulgado em lugar nenhum no Brasil, segue o link do youtube: http://youtu.be/R-Lg_kvLaAM. Se não for verdade pelo menos é uma discussão mais apropriada do que ficar tapando o sol com a peneira com leis que obrigam os contribuintes a pintar telhados de branco, fazer revisões e passar por vistorias ambientais veiculares que de nada adiantam ou ficar proibindo sacolas plásticas ao invés de se preocupar em coletar o lixo que entope o bueiro, independente de estar em sacos de lixo ou caixas de papelão. Vale a pena pensar em alternativas, não?
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Um dia para lembrar e esquecer!

O dia de hoje, 11 de setembro, ficou para sempre marcado na história. Mas não apenas por causa dos supostos atentados contra os prédios do World Trade Center, Pentágono e Pensilvânia, mas também por causa das dúvidas geradas em todo esse tempo.
Primeiro devemos lembrar que essa data também é muito importante para os chilenos, que lembram do bombardeio do prédio do governo que levou o presidente Salvador Allende a se suicidar para não ser morto ou retirado do governo pelas forças armadas e treinadas pelos EUA. Na época quem executou ordens americanas e derrubou o governo chileno foi Pinochet, que tão mal fez ao povo chileno com a sua ditadura. Os EUA não são assim tão santos como aparecem nos noticiários hoje.
De tudo o que se pode falar ou ver no dia de hoje todas as dúvidas são deixadas de lado, inexplicavelmente. Nenhuma menção à torre 7 do complexo do WTC, que caiu no mesmo dia sem ter sido atingido por absolutamente nada; imagens do Pentágono no dia dos "ataques" não são mostradas, nem mesmo o prédio atingido, pois nitidamente não havia destroços de um avião naquele lugar, assim como também não houve destroços de um avião na Pensilvânia, o suposto voo 93, do qual até filme fizeram, pelo heroísmo dos americanos que derrubaram o avião depois de retomar o controle dos terroristas.
Toda a comoção nacional gerada pelas mortes no 11 de setembro não devem fazer esquecer as mais de seis mil mortes de soldados dos EUA no Afeganistão e Iraque, depois da ocupação desses países. Vale lembrar que a maioria desses soldados não está no exército por livre e espontânea vontade nem por patriotismo. O governo daquele país usa as forças armadas para reduzir dívidas estudantis e como fonte de financiamento para estudantes universitários, ou seja, servindo as forças armadas o jovem americano pode obter redução de dívidas ou financiamento para a faculdade. Então podemos entender que os filhos dos ricos só vão para as forças armadas se quiserem e os filhos dos pobres é que estão morrendo nessas "guerras".
Outro dado que não deve ser esquecido é o número de mortes civis de iraquianos e afegãos nesse período, de aproximadamente 110 mil pessoas, segundo o Wikileaks, site conhecido por divulgar informações secretas de diversos governos, especialmente dos EUA. Isso sem contar nos reconhecidos casos de tortura em prisões em vários países, inclusive em Guantánamo, Cuba.
Então pelo que representa o dia de hoje ele deve ser lembrado e esquecido. Muito do que de pior existe na humanidade está representado no dia 11 de setembro, mas não se deve esquecer que não existem mocinhos nessa história, só vilões e gente que morre pelo caminho deles. Não devíamos criar o hábito de santificar o dia de hoje, mas é o que a mídia comprada do Brasil esfrega na cara dos telespectadores como se fosse verdade e como se a população não tivesse capacidade intectual para questionar coisas óbvias. Aí você, leitor, decide se eles estão certos ou não.
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Dia para lembrar!

Hoje é o Dia da Pátria, em que se comemora a independência do Brasil. Mas mais do que isso é um dia para lembrar e utilizar a história, esse instrumento fantástico para não cometer erros hoje que já foram cometidos no passado. Sabemos que as organizações militares do Brasil, como em todos os países, sempre tiveram papel fundamental na história, mesmo que com atitudes questionáveis.
Erros e acertos não estão em pauta aqui. Quero unicamente expressar o que penso, que um povo que não respeita seus símbolos pátrios não respeita o país em que vive e, por isso, fica em dificuldade para exigir o devido respeito de seus governantes, que são em última instância os principais empregados do povo brasileiro.

Mas hoje quero parabenizar os pracinhas do Exército Brasileiro, que desfilaram em São Paulo em comemoração ao Sete de Setembro. Ao lado a insígnia que os representava nas fardas, pois parte da população não acreditava que o Brasil entraria na Segunda Guerra Mundial e dizia que era "mais fácil uma cobra fumar do que o exército brasileiro ir à guerra". A cobra fumando se tornou o símbolo desse exército em toda a sua atuação, principalmente na Itália.
Parabéns aos praças pela sua atuação. Respeito à sua memória. Um grande dia da Pátria para todos os que entendem que erros podem ser cometidos mas uma coisa não se discute: o braço forte das forças armadas estão aqui hoje para nos defender e representar.
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Ali Babá se reúne...

Mas não só com 40 ladrões, eram em número muito maior no congresso do pt, terminado na última semana. José Dirceu, aquele que perdeu cargos, está inelegível mas continua mandando no partido, foi recebido por imbecis com o grito de "guerreiro do povo brasileiro"...lamentável. Se fosse "ladrão do povo brasileiro" eu até entendia. Mas cada povo tem o rei que merece, não?
Várias resoluções foram tomadas pelo partido, mas a mais comentada foi novamente a intenção do partido de encaminhar ao congresso uma proposta de regulamentação da mídia, como já foi tentado outras vezes por esse partido.
Regulamentações da mídia existem em vários lugares do mundo, então não seria nenhuma novidade. Mas várias vezes já disse o que vou escrever aqui: não se trata de uma política de Estado e sim de uma política partidária, o que se torna um instrumento perigoso. Basta admitir que exista um instrumento regulatório que será escrito pelo governo e votado pelo congresso onde o governo tem maioria, o que pode levar à criação de um novo instrumento de censura, tão criticada pelos membros do atual governo quando eram contra a ditadura militar.
Ademais, resta verificar os índices de criminalidade nas redondezas do evento nos três dias de congresso, que devem ter caído, afinal bandido de rua não se arriscaria a cometer crimes com bandidos de tão alto gabarito circulando pelas redondezas.
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Fazendo faxina!


Tenho lido e ouvido falar muito atualmente da faxina que a atual presidente da república está fazendo em seus ministérios por conta das denúncias de corrupção. Muitas pessoas e órgãos de imprensa, inclusive internacionais, dão à Dilma o caráter de uma verdadeira Amélia fazendo a limpeza dos corruptos dentro de seus próprios domínios.
Talvez o que eu não tenha ouvido falar é que essas pessoas que estão sendo retiradas dos ministérios, ministros e gente até do quarto escalão, são os que foram colocadas lá por essa mesma presidente e seus aliados justamente por serem bons no que fazem. Ninguém garante também que as pessoas que tomarão seus lugares serão diferentes, uma vez que serão novamente pessoas despreparadas e de cargos de confiança e não pessoas concursadas, que pelo menos na teoria estão aptas para cargos técnicos.Também não ouvi a Dilma falar sobre a herança maldita que recebeu de seu antecessor, principalmente sendo do mesmo partido. O palhaço do Lula inventou essa falácia de "herança maldita" quando, ao assumir o poder, viu que poderia criticar FHC e tudo aquilo que ele fez nos oito anos de governo anteriores. Não estou aqui para defender FHC, mas não entendo como o Lula poderia criticá-lo, afinal em seus oito anos de governo não fez nada mais do que copiar o anterior, dando continuidade aos programas sociais e política econômica, por exemplo. É claro que Lula tinha uma maior identificação com o povo brasileiro, iletrado, fala errado, critica os bancos quando fala com o povo, critica o povo quando fala com os bancos, critica industriais quando fala com operários, critica operários quando fala com industriais. Em suma, um lixo como pessoa e como governante. O povo brasileiro não poderia mesmo se identificar com FHC, professor, mestre e doutor formado em São Paulo pela USP, universidade criada e mantida para dar boa formação para os filhos da elite paulistana.
No caso de Dilma é melhor mesmo que ela se mantenha em silêncio sobre a herança maldita que recebeu de Lula, afinal ela tem duas alternativas: primeiro ela pode prestar um grande serviço à humanidade e expor os podres de Lula. É um risco eleitoral ter Lula contra si nas próximas eleições, portanto é mais provável que ela opte pela segunda alternativa: enfiar a cabeça na areia como um avestruz e fingir de morta até as próximas eleições, usar a imagem de Lula para se reeleger (o que é bem provável) e provar para todos no país que o partido dos trombadinhas é mesmo a maçã podre que hoje controla a cesta de frutas podres do Planalto Central. De uma forma ou de outra terá prestado um grande serviço ao néscio eleitor brasileiro.



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Dor demais!

Bom, eu sabia que tinha de reativar o blog, meio abandonado por falta de tempo desde o nascimento da minha filha. Mas infelizmente aqui está uma história que nem eu nem ninguém gostaria de contar
Hoje as aulas em uma das escolas em que leciono foram suspensas pelo pior motivo possível: mais uma criança foi perdida para as drogas no nosso país. Tivemos de conviver com a dor e a perda de uma pessoa legal no mesmo lugar em que ela foi feliz e deu tantas alegrias para os amigos.
Sei que, tendo nascido onde nasci, periferia de São Paulo, rua com "bocas de fumo", tráfico, roubos entre outros crimes, mortes não são necessariamente uma novidade. Mas quando esses crimes te acompanham para lugares onde supostamente não deveriam acontecer, como em qualquer escola, deixa a gente mais triste ainda.
Quando fui aluno de escolas públicas essas coisas também aconteciam, não é uma novidade tão grande. Mas o que vemos é que cada vez mais estamos cercados de más ideias e más pessoas. Não é à toa que coisas ruins acontecem, mas eu realmente não queria ter passado pela experiência de enterrar um aluno. E agora ter de pensar como entrar na sala de aula, como falar com os alunos, tentar entendê-los nessa situação que eles não deveriam viver nessa idade e ir até o final do ano. Não vai ser fácil para ninguém, direção, professores, alunos, família. Ficam aqui os nossos pêsames e o registro do carinho de todos com a família no velório. Tristeza e luto são, infelizmente, companheiros de agora em diante. Realmente uma pena. Descanse em paz, Gabi.
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Dá-lhe Pai Silvão!

Tá legal, vão dizer que eu sou chato por falar desse assunto de novo. Mas não posso fazer nada, prometi que voltava a falar desse assunto aqui. No dia 1 de novembro de 2007 escrevi a postagem "Só o tempo dirá" aqui mesmo nesse blog, explicando como aconteceriam as coisas para as construções para a Copa de 2014. Já naquela época, quase quatro anos atrás eu expliquei que as coisas seriam levadas em banho-maria até chegar o momento em que licitações sérias não permitiriam as construções e tudo seria feito de qualquer forma, gastando-se verba suficiente para construir outro planeta igual a Terra, em algum lugar do universo conhecido.
Agora em 2011 o governo Dilma, seguindo o conceito do ladrão anterior de que "vale mais fazer bem feito pagando valores absurdos do que não fazer", o governo brasileiro acabou de aprovar o instrumento para que isso aconteça: o regime diferenciado de contratação. Nem vou perder meu tempo explicando exatamente como funciona, basta dizer que as empresas contratadas passarão por licitações flexibilizadas, com valores que não podem ser divulgados, os municípios envolvidos poderão aumentar as suas dívidas, ferindo a lei de responsabilidade fiscal. Não que o pessoal do pt goste da ideia de gastar menos do que arrecada, que é o que essa lei diz. Na ocasião da sua votação o pt fez campanha e votou contra a lei de responsabilidade fiscal.
A desculpa mais esfarrapada de todas para as contas serem fechadas é de que as empresas poderiam combinar seus preços e isso afetaria a concorrência. Acho que esse pessoal do pt, que gosta tanto de falar mal do capitalismo esqueceu de ler "Riqueza das Nações", de Adam Smith, onde se explicam os mecanismos desse sistema econômico. A concorrência aberta, explícita é o que faz com que as tecnologias evoluam e os PREÇOS CAIAM. Vou escrever de novo: a concorrência faz os preços caírem, não subirem como afirma o líder do pt na câmara.
E nem vou falar (por hora) do que vai acontecer em São Paulo, onde será construído um estádio para a abertura da copa. Todos falaram que não seria usado dinheiro público para a construção desse estádio, mas tramita na câmara dos vereadores isenção de impostos por dez anos ao Corinthians. Preciso lembrar que isenção de impostos significa que toda a população vai pagar com o dinheiro de seus impostos para que um clube de futebol não pague impostos? Isso não é usar dinheiro público para beneficiar um clube de futebol?
Tudo isso que o governo vai fazer de agora em diante é para justificar a minha postagem de quatro anos atrás, sem falsa modéstia. Leiam a postagem e vejam que realmente sou chato quando falo de copa do mundo e jogos olímpicos, mas o que escrevi em 2007 está acontecendo. Acertando assim eu posso ser chato. Dá-lhe Pai Silvão!
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Rapidinha! do Patrono.

Notícia rápida: José Dirceu, aquele do partido dos trombadinhas, aquele mesmo que foi ministro chefe da casa civil e caiu porque era o chefe do Mensalão, operação do partideco para roubar dinheiro público foi escolhido como patrono da fundação Nemirovsky, entidade que atua na área das artes modernas em São Paulo.
A principal função de um patrono é a captação de fundos para a entidade, ou seja, arrumar patrocinadores que queiram ligar seu nome a uma determinada instituição que promova as artes de alguma forma. Posso dizer que a tal fundação escolheu bem o seu patrono se o objetivo é arrecadar fundos. Só não sei se esses fundos captados serão de alguma valia para as artes.
Arrecadar dinheiro não é problema para o pessoal do pt, mas geralmente as fontes não podem ser divulgadas e o dinheiro não é exatamente "limpo".
Resumindo: dinheiro vai entrar. Se de lavagem, desvio de verbas, venda de informações privilegiadas ou de que outras mutretas não sei dizer. Se o dinheiro que vai entrar é sujo, nada melhor que uma pessoa suja para fazer esse esgoto cheirar a rosas. Vai dar trabalho, mas ele sabe como fazer isso, tem bastante experiência. Pelo menos isso o governo Lula lhe deixou de legado.
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Ponto final para o caso Battisti?

O Supremo Tribunal Federal afinal julgou o caso Battisti depois de muita pressão dos italianos e dos governos brasileiros, tanto de Lula quanto de Dilma.
Por uma questão ideológica, ou seja, por acreditar que Battisti é um tipo de herói do socialismo, os governos do pt fizeram de tudo para que ele fosse libertado, não sendo assim extraditado para a Itália, onde foi julgado (à revelia) e condenado por quatro assassinatos. O que a mídia brasileira não fala é que essa pessoa foi julgada e condenada por sete tribunais diferentes, ou seja, todas as instâncias de julgamento nos tribuanais italianos e nos tribunais europeus de direito internacional, localizados na França, país em que Battisti também se refugiou por um tempo, antes de fugir para o Brasil.
Na realidade, o que o Brasil fez foi libertar um assassino julgado e condenado no seu país de origem, como se a justiça italiana fosse pior ou como se as leis daquele país fossem aplicadas com menos rigor do que aqui. O governo brasileiro e a sua justiça não podem dizer que tem moral para afirmar que tribunais italianos e europeus não têm capacidade para julgar um assassino nem dizer que esse é um caso de soberania nacional do nosso país.
Na realidade os governos brasileiro de pseudo-esquerda querem se fazer parecer socialistas para não ficar mal com seus comparsas da América Latina, como Evo Morales, Hugo Chávez e os irmãos Castro. Enquanto tripudia em cima das leis dos outros, tenta fazer crer que não o faz por isso.
O caso Battisti, como eu já tinha escrito por aqui, é uma vergonha do começo ao fim. A comissão brasileira que julga esse tipo de caso recomendou a extradição. O próprio STF já tinha julgado o caso, dando como resultado a extradição do condenado. Ao deixar para Lula a decisão final de assinar a extradição, Lula fez o que sabia fazer melhor: nada! Por falta de coragem e convicção, adiou a decisão para o próximo governo, afinal não teria coragem de contrariar o STF. Agora as leis, que não mudaram, foram interpretadas de forma completamente diferente, libertando Battisti por unanimidade.
A verdade é que o Brasil cuspiu nas leis italianas, pois a libertação de Battisti insinua que a Itália não tem capacidade de julgar ou punir de forma adequada seus criminosos. Pior: discorda de sete tribunais que julgaram e condenaram o assassino, apenas e tão somente para tentar salvar a sua imagem de pseudo-ideólogos socialistas. O embaixador italiano já foi chamado de volta, uma ofensa diplomática. Mas os atuais administradores do Brasil não se preocupam com isso, afinal o próprio povo engole qualquer sapo que lhe empurrem goela abaixo e não tem capacidade de entender nada mais complexo do que o Big Brother. Parece que o caso acabou, mas a justiça italiana entrou com o pedido de intervenção no Tribunal Internacional de Haia, onde se julgam crimes contra a humanidade. Parece propício, afinal o governo e a justiça do Brasil realmente são um atentado contra a humanidade. Pena que nem todos enxergam isso.
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Estou precisando de um desses!

Bom, gente, declaro solemente (deve ser por causa do frio) que estou começando a ficar cansado dessa vida de acordar cedo, ir lecionar, corrigir provas e trabalhos, enfim...estou cansado desse negócio de trabalhar muito e ganhar menos do que gostaria.

Acho que vou ter mesmo de apelar para o Budalocci, pelo menos sei que daqui a quatro anos terei multiplicado meu patrimônio por 20. Sei que o que tenho hoje não é grande coisa, pelo menos falando materialmente. Mas se fosse multiplicado por 20 com certeza estaria melhor.

Não se esqueçam, amigos. Precisa passar para 20 amigos para dar certo. Como eu estou mesmo precisando de uma força, resolvi colocar no blog para ver se a coisa vai mais rápido.

Mas não se enganem, pessoal: não vou me candidatar a nada, nem a síndico de prédio (não moro em prédio mesmo!). Sei que multiplicar o patrimônio por 20 em 4 anos é o sonho de muito político de carteirinha. Mas também sei que tem político olhando para a situação do Palocci e pensando: "amadores", ou "só 20 vezes?" ou "demorou 4 anos?". É, quanto mais penso mais a política me assusta.
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Solução para o desmatamento!

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Imazon* sobre o desmatamento da Amazônia Legal**, de março de 2011, podemos ficar preocupados. A degradação da floresta está aumentando em ritmo contínuo e o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) mostra apenas parte do problema, uma vez que a maior parte da Amazônia (81%) não foi amostrada por causa da alta cobertura de nuvens, que impediram a geração de imagens.
Mesmo assim o SAD mostra que a degradação florestal, de agosto de 2010 a março de 2011 aumentou cerca de 225% em comparação com o mesmo período anterior. Isso significa que o desmatamento e as queimadas têm aumentado na Amazônia de forma assustadoramente rápida e a resposta do governo é a exigência de se aprovar no congresso nacional um novo código florestal, que aumenta as áreas em que se pode desmatar e diminui as punições aos degradadores.
Não me parece que os governos federal e estaduais envolvidos estejam realmente preocupados com a preservação da Amazônia nem de nenhum outro domínio morfoclimático brasileiro, portanto proponho que deixemos de lado nossas diferenças e nos unamos no sentido de acabar logo com essa discussão, sem caça às bruxas e sem se preocupar com as consequências: vamos liberar logo a derrubada da floresta!
Se permitirmos a derrubada da floresta estaremos de acordo com o resto do planeta que não está se esquentando com preservação ambiental, liberamos aqueles que dizem que podem ganhar e gerar dinheiro para o país fazerem o seu papel e, de acordo com teorias pouco plausíveis, nos tornaríamos um país desenvolvido ao transformar nossa floresta em riqueza. E tudo isso sem o peso na consciência, pois estará tudo na lei do país.
Sei que vão dizer que enlouqueci, afinal como uma pessoa que trabalha com educação e com meio ambiente propõe uma coisa assim? Simples: isso é o que está acontecendo nesse exato momento no país e ninguém está fazendo nada para impedir. Proponho o fim da hipocresia da proteção da floresta e que os políticos assumam que seremos um país de devastadores, para atender a lógica de mercado. Vamos unificar, assim, o discurso e a pratica assumir a devastação que permitimos que se faça. Será pedir tanto assim?

*Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia
**Amazônia Legal é uma área do território brasileiro que compreende 9 estados por onde passa a bacia hidrográfica Amazônica.

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Não deu para resistir!


No dia 12 de maio último o chargista Alpino, do Yahoo, divulgou no site a charge aí em cima, com o título "Entenda o novo Código Florestal brasileiro". Não resisti e decidi postar no blog, para não precisar explicar as mudanças propostas ao código florestal brasileiro, em tramitação na câmara e no senado brasileiro.

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Morte e o fim das eleições!

O dia mundial do trabalho será lembrado a partir de agora por causa de alguns trabalhadores padrão, funcionários da CIA, que mataram o homem mais procurado do mundo, Osama Bin Laden.
Lembro que a cabeça dessa pessoa valia US$25 milhões, recompensa a ser paga para quem desse informações sérias para o governo norte-americano do paradeiro dele, se vocês realmente acreditam que o seu paradeiro era desconhecido.
Com a morte anunciada em rede nacional pelo presidente Obama, em um dia atípico em que o presidente fez até piadas em encontro com jornalistas, o governo dos EUA economizam um bom dinheiro, mas gastam uma das cartas que tinham na manga para reeleger Barack Obama. A concorrência dele será muito forte, pelo menos economicamente, afinal provavelmente concorrerá com Donald Trumph, uma das maiores fortunas mundiais, e isso costuma influenciar muito o voto nos EUA.
Para reverter a imagem negativa que muitas pessoas tinham de Obama, o governo usou de uma tática bem conhecida de seu predecessor, George W. Bush: a guerra. Ao matar Osama, Obama pode vender a imagem de "salvador da pátria", afinal funcionou com Bush. Acredito que isso seja parte de uma série de medidas tomadas pelo governo dos EUA para preparar a reeleição do seu presidente sem muito esforço ou concorrência. E a cultura daquele país vê guerra e morte como uma coisa natural, até mesmo de seus próprios presidentes, o que se dirá de um reconhecido terrorista internacional.
Duro golpe no partido Republicano, que esperava comprovar que Obama nem era americano e se isso não desse certo, derrotá-lo com a influência e o dinheiro de Trumph. Golpe forte também na família republicana dos Bush, pilar do partido republicano e ligados economicamente há décadas à família dos Laden, que têm enormes investimentos nas petrolíferas do Texas, inclusive tendo George Bush (o pai) como funcionário, uma espécie de representante internacional.
O governo de Obama deu um tiro certo, matou dois coelhos com uma cajadada só, como se diz por aí, se livrando de um terrorista problemático e ficando bem com a opinião pública, além de criar uma dor de cabeça enorme nos seus adversários, politica e economicamente. "Apenas" por ter matado um homem na hora certa. E depois dizem que o Obama não é inteligente.
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Redução da capacidade intelectual!

Cada vez mais me convenço que as pessoas menos preparadas estão assumindo cargos públicos, eletivos ou não. Aqueles que são eleitos, como o deputado Tiririca, geralmente o são como forma de protesto de um povo absolutamente ignorante em termos de política. Não chegaram sequer à fase do analfabetismo político.
Um exemplo disso vem da cidade de São Paulo, a maior do país, a mais importante economicamente e onde a frota de automóveis aumenta com a maior velocidade. Cada vez mais os responsáveis pelo trânsito na capital paulista reduzem o tamanho das faixas de ruas e avenidas, para aumentar a quantidade de carros que podem trafegar naquele lugar sem obras maiores. Outra medida comum por aqui é reduzir a velocidade máxima permitida nas vias, como se isso adiantasse alguma coisa.
"Mas adianta", responderão alguns. É claro que isso é verdade, os motoristas que tentam manter o controle no caos e que às vezes passam um pouco do limite de velocidade pagarão mais multas, aumentando a arrecadação e as disponibilidades de roubos, desvios e propinas por aí. Sabe como é, quanto mais dinheiro circulando, mais dinheiro pode ser desviado e usado para fundar partidos políticos, por exemplo.
o que ninguém pensa é em deter os idiotas que dirigem que nem loucos no trânsito, entrando e saindo de faixas exclusivas de ônibus, "costurando", como se costuma dizer e andando muito acima da velocidade permitida porque não se preocupam com o valor das multas, que no Brasil só é alto para uma parte da população, a maior. Para uma pessoa que tem um carro de, digamos, R$ 100 mil, pagar uma multa de menos de R$ 70,00 por excesso de velocidade parece piada. E é.
Se quiséssemos realmente reduzir drasticamente os números dos acidentes e mortes no trânsito, assim como os gastos públicos que deles decorre, faríamos como na Espanha, que instituiu um código de trânsito progressivo, mas altamente punitivo. Na primeira infração, o condutor é advertido apenas. Depois disso começam as multas, sempre de uma porcentagem do valor do carro que cometeu a infração (5%, 10%, 15% e daí em diante), podendo o infrator pagar o valor carro de multa sem contar o risco de ser preso.
Fazer isso no Brasil significaria punir os deputados e senadores, por exemplo, que matam no trânsito ou dirigem bêbados. Como não se aplica a lei para alguns, abre-se precedentes para que outros não sejam punidos. E, de impunidade em impunidade, chegamos ao trânsito que mata mais do que muitas guerras por aí. E o pior, as pessoas continuam achando que isso é normal. Dessa forma, para que mudar, não é mesmo?
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O Oriente Médio e o petróleo!

Há pouco mais de um mês grandes conflitos começaram a ocorrer no norte da África e no Oriente Médio, em países que tinham ou ainda mantém algumas características particulares. Entre elas, o fato de serem grandes fornecedores de petróleo para o "ocidente" e serem controlados por ditaduras decadais.
Em alguns casos, como no Egito, as agitações populares conseguiram êxito, derrubando o ditador de plantão e começando a planejar um governo de bases democráticas. Mas em outros, como a Síria e o Líbano, os ditadores locais não estão muito a fim de sair do poder, fazendo de tudo (literalmente) para segurar essa posição. Como consequência, muitas mortes, guerras civis e luta pelo controle de países que têm muito dinheiro advindo dos petrodólares, o que sempre provoca confusão.
Interessante notar a participação dos países da Europa no conflito. Muitos simplesmente ignoraram a existência do problema, outros tentaram saídas negociadas. Mas foi quando os EUA entraram na jogada, bombardeando a Líbia, que a OTAN entrou em ação e tomou as devidas providências, ou seja, assumiu o controle das operações. No entanto, mesmo tendo assumido bombardeios e fechamento de espaços aéreos, a OTAN não apoiou oficialmente nenhuma insurgência e não tentou derrubar nenhum ditador, pelo menos até agora. O máximo foi ter acertado uma casa onde, dizem os Líbios, estava Muamar Gaddafi. No saldo geral, a população de muitos desses países continua e continuará escrava de ditadores que se aproveitam do apoio exterior para permanecer no poder apenas para manter a estabilidade do preço do petróleo, item indispensável para manter em funcionamento as forças armadas de vários países, especialmente os europeus (os EUA, como se sabe, importam a maioria do seu petróleo da pseudosocialista Venezuela de Hugo Chávez).
Não importa que a grande maioria da população desses países seja pobre, desempregada e analfabeta. A União Européia só exige melhorias sociais dos países que pretendem entrar para o seu grupinho fechado, então não se preocupam com esses fornecedores do mundo subdesenvolvido. Apenas não querem as guerras, fazem de tudo para diminuí-las ou terminar com elas. Não, eles não estão preocupados com a população e as mortes de civis. Estão preocupados sim com o aumento do preço dos combustíveis em seus próprios países.

Charge: Latuff (http://napraxis.blogspot.com)
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Rapidinha! do Salário Mínimo.

Na última semana Brasília parou. Como se já não bastasse ser o lugar do Brasil onde a moral e os bons costumes não obedecem o decoro parlamentar, três posições ridículas foram defendidas no congresso nacional para a votação do novo salário mínimo.
A posição de parte do pt e pdt queria o mínimo de R$560,00. Não ganharam força, pois estavam batendo de frente com os interesses de peixes mais graúdos do pt. A proposta era do dem e eles tentaram defender esse salário mínimo, inclusive com parlamentares defendendo "a luta dos trabalhadores". Alguém tem de avisar o senhor ACM Neto que alguém do dem defender a luta dos trabalhadores já beira o ridículo e que tentar o discurso do pt de dez anos atrás não fará dele o novo Lula.
O governo federal fez o que pode e loteou o que sobrava dos cargos de segundo e terceiro escalões para aprovar a sua proposta, de R$545,00. Conseguiu, com ampla vantagem, apesar do Tiririca ter se confundido e votado "errado" pelo valor de R$600,00. Já o pessoal do psdb, que defendia o valor mais alto entre as propostas, faz o papel de oposição burra, como sempre, lutando por uma causa perdida achando que isso dará a eles pontos com a sociedade. Tudo apenas para fazer contraponto à proposta do governo, sem jamais dizer de onde sairia o dinheiro a mais.
E você, caro leitor, acha que acabou? Está enganado. Outra coisa bastante interessante foi ver o deputado Vicentinho, antigo líder sindicalista da CUT fazer relatório e discurso a favor de um aumento menor para o salário mínimo. Foi vaiado pelos sindicalistas presentes, o que deixa a dúvida: só agora, que conhece a realidade do governo por dentro é que se tocou que passou a vida inteira pregando mentiras?
Mais ridículo disso tudo é a discussão como um todo. Todos achando que os tais R$55,00 farão uma enorme diferença nos cofres públicos, causar um rombo nas prefeituras. Para um país em que políticos podem sacar dinheiro no banco com cartões corporativos sem precisar justificar gastos essa discussão é ridícula, pois deve estar sobrando dinheiro. Além disso, o pobre infeliz que recebe um salário mínimo está mais do que ferrado no Brasil. Se tiver de pagar aluguel, comer, beber, vestir, se divertir (sabe, gastos que a constituição federal diz que o mínimo deve cobrir), R$600,00 seriam ridículos. Perguntem para a Dilma, ela é economista.
Só para constar, de acordo com o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o Salário mínimo, calculado com base nas obrigações que a Constituição Federal exige, deveria ser de R$ 2.194,76. Só para dizer que eu sou chato.
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Chuvas! (Adendo)

Sei que a lua-de-mel da nova presidente do Brasil ainda não passou, geralmente a imprensa dá ao novo presidente sempre cerca de cem dias antes de fazer análises mais profundas. Calcula-se que esse é um período importante para o novo governo, necessário para fazer os ajustes que acha necessário mudando a política do governo anterior.
Uma coisa que me chamou a atenção foi que quando as chuvas no sudeste e sul do país deixaram várias cidades em estado de calamidade pública, Dilma fez uma coisa que seu antecessor nunca teve coragem: deu a cara a tapa e sujou as botinhas lá no Rio de Janeiro, em lugares afetados pelas chuvas. Ponto para ela.
Mas não se pode negar o passado, por mais que se queira. Em nenhum lugar a tragédia chegou nem perto do que ocorreu no RJ, em número de mortes, desabrigados, desalojados ou desaparecidos. Mas tudo isso também aconteceu em outros estados, como Paraná, São Paulo e Minas Gerais, onde aconteceu tudo igual ao RJ, mas com menores consequências. Nenhum desses estados foi digno da visita da presidente, nenhum dinheiro foi liberado para obras de emergência, como o foi para o RJ. Critério? O de sempre: o RJ é governado por um aliado, do PMDB, enquanto os outros estados citados são governados por adversários políticos, todos do PSDB.
Pelo visto as pessoas que sofrem em tragédias devem estar vestindo a camisa certa para poder receber ajuda em época de calamidades. Sempre foi assim e não tenho nenhuma espectativa de que mude. O pt aprendeu bem como agradecer aos aliados pelos votos e punir os que elegeram adversários. Começou bem, dona Dilma!
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Que venham as chuvas!

Mais um ano se iniciou no meio tropical úmido brasileiro sem que muita coisa tivesse mudado. Primeiro que as mortes causados por deslizamentos na virada do ano de 2009 para 2010 não surtiram efeito prático nenhum. Nada, nenhuma preparação foi feita pelo governo estadual e pelos municípios para se prepararem para as chuvas que sempre vem.
Resultado, como esperado, muitas mortes. É claro que não se esperava um número de mortes tão maior do que no ano anterior, mas não faz diferença. Passado mais de um ano do ocorrido no Morro do Bumba e em Angra dos Reis, nada de culpados ou julgamentos. Agora, já mais de um mês depois dos quase 900 mortos, mais de 400 desaparecidos e 3000 desabrigados ou desalojados também quase não há ações governamentais, a não ser as paliativas.
O Rio de Janeiro se orgulha tanto do seu carnaval que os seus governantes deveriam tomar as escolas de samba como exemplo: terminado o desfile e decretado o campeão do ano, inicia-se a preparação para o ano seguinte e um ano inteiro é gasto nessa preparação. Como vivemos em uma área do mundo em que não se pode esperar que não chova no verão, deveríamos nos preparar o ano todo para que um evento natural não se transformasse em tragédia. A diferença básica entre ocorrer um imprevisto, como o incêndio que ocorreu na Cidade do Samba e ocorrer o previsto para o país é que normalmente nos imprevistos o número de mortes é menor.
Os políticos sabem disso? Sim. E porque então não se faz nada para evitar que esses eventos ocorram? Simples essa conta: calcula-se o quanto deve ser gasto para evitar tragédias, o custo da perda da vida de eleitores e o quanto se pode ganhar de dinheiro com obras de emergência, sem licitação e com a verba governamental em situação de calamidade pública. Resultado: é muito mais lucrativo deixar os morros descerem, mesmo matando pessoas, pois tudo terá de ser reconstruído sem licitação e enchendo ainda mais os bolsos dos políticos com dinheiro público. Mesmo que esse dinheiro seja oriundo da morte de quase mil pessoas. Afinal, o que são mil eleitores a menos na eleição para o governo do estado? Nesse momento, tenho certeza, estão pensando no ano que vem e como vão fazer para ganhar ainda mais dinheiro com a tragédia da vida alheia. Que venham as chuvas!
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Pense!

"Quem não raciocina é fanático, quem não sabe raciocinar é um imbecil e quem não ousa raciocinar é um escravo"
W. Brumon

Sobre o autor!

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Sou apenas um brasileiro, professor de Geografia, crítico da Política e das "politicalhas" que vejo todos os dias por aí. Sou um cara simpático com meus alunos e amigos, totalmente antipático com e que não acredita mais em política, que gosta muito de dar aula, principalmente pela liberdade de expressar minhas opiniões e discutí-las com os alunos. Gosto de viajar, gosto do bom e velho Rock'n'Roll. Gosto muito de Geografia e de estudar os "matos" desse país. Acho mesmo que nasci no país errado: prefiro campo a praia, vinho a cerveja, frio a calor, morenas a loiras, honestidade ao famoso "jeitinho brasileiro". Enfim isso tudo. Quem quiser saber mais pergunte para meus amigos e alunos.

Sobre o Blog!

Olá a todos.


Estamos caminhando por um mundo globalizado que não enxerga diferenças mais do que econômicas, por isso esse é um dos focos dos atuais estudos geográficos. Como amante, seguidor e professor dessa velha matéria, me sinto na responsabilidade de passar as idéias e atualidades desse contexto para os meus alunos e amigos, como quaisquer outros seguidores que vierem.

A visão é de uma pessoa que passou por diversas dificuldades e ainda passa, vivendo na periferia e tentando, a partir dela, criar certa resistência ao processo de desmonte da educação como um todo que acontece hoje no nosso país. Portanto, continuem se sentindo em casa, e não se esqueçam de comentar e dar suas opiniões sobre cada postagem. Como sempre, respondo aos comentários o mais breve possível.



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