Não dá pra passar batido. As olimpíadas de Beijin já terminaram, mas valem alguns registros. Por isso inauguro a sessão Curtas!, séries especiais que serão um pouco maiores e que aparecerão quando um tema tiver grande repercussão, muita coisa para escrever e pouco espaço. Então lá vai.
Abertura!
A abertura foi a mais longa da história, mas na minha opinião não a melhor. Das que eu tive oportunidade de assistir, a de Sidney me chamou mais a atenção. Mas ver aqueles 2008 tambores típicos sendo tocados ao mesmo tempo foi magnífico, sem dúvida. O desenho do estádio, a forma como a pira olímpica foi acesa, as acrobacias e os anéis que representam os jogos flutuando no ar. A China mostrou a que veio logo na abertura, fazendo um espetáculo à altura de qualquer outro país. Beijin está de parabéns.
Transmissão!
Como sempre, as transmissões da Rede Globo de televisão deixaram muito a desejar. Além de não cobrir o evento, mostrando apenas as modalidades mais populares em que apareciam brasileiros competindo, repassou o sinal apenas para a Rede Bandeirantes. Essa sim, emissora acostumada a lidar com esportes diversos, ao menos tentou mostrar aos mais jovens o que são os jogos olímpicos. Mas o sinal de transmissão da Bandeirantes na minha casa não é lá essas coisas, então tive de aturar o Galvão Bueno e as suas nem tão agradáveis companhias. Deve ser por isso que se especula que a Rede Record já teria comprado os direitos de transmissão dos jogos de Londres em 2012. Se mantiver o nível de transmissão da Eurocopa de 2008, a Globo vai estar em maus lençóis. Até porque eu duvido que a Record repasse o sinal para a Globo (intrigas com o bispo, sabe como é).
Quadro de medalhas!
Como já era esperado, a China venceu os EUA no quadro de medalhas. Afinal uma intensa programação foi cumprida à risca para que se chegasse aos jogos em condições para que isso acontecesse. Tudo bem que rolaram umas insinuações que ginastas chinesas teriam tido documentos adulterados para estar na idade mínima de competição. Mas nada foi provado até agora. Falso mesmo só a menina que cantou na abertura e que emocionou o mundo. Depois descobriram que ela só dublava a cantora real.
Participaçao brasileira!
Como já diria o saudoso Nelson Rodrigues, valeu o complexo de vira-latas. As grandes esperanças de medalha decpcionaram e muito. Na ginástica, nem Diego Hipólito nem Jade Barbosa conseguiram confirmar o favoritismo. No futebol feminino, derrota na final e muita luta. No masculino, depois de uma surra dos Argentinos, sarro de Maradona. Isso só para citar alguns. Medalha de ouro só para aqueles que tinham algo pessoal para provar. Maurren Maggi queria mostrar que podia ganhar uma medalha mesmo depois da acusação de dopping, sofrida no passado; César Scielo e sua família abdcaram de muitas coisas e gastaram muito dinheiro para que ele pudesse treinar nos EUA e competir em alto nível; e a seleção de vôlei feminino tinha que acabar com a imagem ruim deixada quatro anos antes, na desclassificação das olimpíadas na semifinal depois de sete match points. Só gostaria que em nome do esporte eles não comparecesse à nenhuma cerimônia no palácio do planalto, que pouco ajuda e sempre quer se beneficiar politicamente das conquistas esportivas dos atletas brasileiros.
Cuba!
Sempre entre os primeiros colocados, dessa vez Cuba não chegou nem perto. Um resultado pouco expressivo, talvez em razão das grandes mudanças políticas que estão ocorrendo na Ilha. Depois de anunciar cortes na educação, o que pareceu foi que os cortes já tinham começado. Pelo esporte. Se isso é verdade, mal sinal. Talvez Cuba não precise de um ditador velho e com idéias ultrapassadas. Mas também não precisa voltar a ser a Ilha da Fantasia dos EUA.
Encerramento!
Assim como na abertura, um grande espetáculo. Todas as etnias chinesas foram representadas nas duas grandiosas festas, apesar de não terem participado da festa. Mas o que mais marcou a transmissão ao vivo pela Globo foi o Galvão Bueno explicando que os patrocinadores são a única fonte de renda da emissora e que por isso agradecia a eles, blá, blá, blá. Tudo por causa da possível compra dos direitos de transmissão dos próximos jogos olímpicos pela Record, que como todo mundo sabe tem uma fonte inesgotável de renda: a ignorância.