Mas o bom exemplo veio de um lugar acostumado ao crime. O Morro do Cruzeiro foi invadido depois que bandidos ameaçaram fazer do Rio de Janeiro um cemitério de carros queimados. Uma associação inédita entre as polícias civil, militar, federal, exército, marinha e aeronáutica fez o que toda força policial faz bem: detém bandidos, até os mata se for necessário. Coibiram o tráfico, apreenderam quase 50 toneladas de drogas, armas incontáveis, carros e motos roubados que dá para fazer leilão. Instalaram Unidades de Polícia Pacificadora nos morros. Pelo menos estão tentando e espero que a paz dure nesses lugares. Os críticos acham que a combinação dessas forças armadas não poderia agir como polícia. Muito bonito falar de longe, dos apartamentos no Leblon no RJ ou dos Jardins aqui em SP. Mas perguntem para um morador da favela se ele prefere a polícia (não a milícia, não confundamos) ou os traficantes de drogas. Pelo que conheço, a maioria prefere a polícia. E a paz que vem junto para a esmagadora maioria de gente de bem que vive nas favelas do Brasil.
Podem dizer o que quiserem mas para mim o grande fenômeno que alavancou essa reação da polícia do estado do Rio de Janeiro foi a excelente recepção do filme Tropa de Elite 2, que mostra a realidade das favelas do ponto de vista da polícia, dos políticos, dos traficantes e das milícias. Nunca na história um filme nacional teve tantos espectadores. Foi o maior público do Brasil no ano, mesmo concorrendo com filmes internacionais. O povo gosta da brincadeira de bandido e mocinho, e sempre torce para o mocinho. Era o aval que as autoridades precisavam para fazer o que fizeram. E estão de parabéns!
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