Um turbilhão de ideias!

Crime contra a humanidade!

No dia 20 de abril uma plataforma de petróleo operada pela empresa inglesa British Petroleum explodiu no Golfo do México, ficando por dois dias inteiros em chamas e afundando em seguida. De acordo com a empresa, pelo menos 11 funcionários morreram na explosão.
A consequência vem agora, com o vazamento de cerca de 6 milhões de litros de petróleo nas águas do Golfo, como visto na foto ao lado. Não é necessário dizer que esse é mais um desastre ambiental sem precedentes, que já é considerado pelo governo dos EUA como um dos maiores, talvez até o maior de todos os tempos a atingir a sua costa. Os cientistas não têm como fazer uma previsão sobre quantos litros de petróleo ainda serão derramados nas águas da região e nem qual o tamanho da área atingida. Sabe-se que uma grande área de exploração de peixes e camarões será afetada no litoral da Louisiana, assim como uma área pantanosa, com rico ecossistema. As autoridades estão fazendo de tudo para conter o avanço da mancha de óleo, mas as fortes correntes marinhas não estão permitindo, pois conseguem empurrar as barreiras para a costa. Certo mesmo é que ninguém estava preparado para tamanho desastre ambiental naquela região.
Em uma época em que muitas empresas alardeiam falsamente suas preocupações ambientais, entre elas a British Petroleum, desastres como esse já deveriam ser coisa do passado. Não há investimento real em produção de energias limpas porque isso não interessa aos grandes produtores mundiais de energias fósseis, assim como não interessa para países ricos, como EUA e Inglaterra, que teriam de trocar a fonte de energia de suas máquinas de guerra. Já imaginaram se uma nova tecnologia de energia para caças, helicópteros e tanques de guerra fosse inventada, fazendo com que tudo que existe hoje ficasse de repente ultrapassado? E já imaginaram o custo de fazer a adaptação ou a troca de todo material bélico existente par novas tecnologias mais eficientes? Garanto que isso não interessa aos países mais poderosos hoje.
Todos falam muito em preservação ambiental e naquilo que se pode fazer para "salvar o planeta". Primeiro que o planeta não precisa ser salvo, ele continuará existindo quando a raça humana for extinta (e não fará nenhuma falta!). Segundo que toda essa baboseira ambientalista não tem comprovação científica e não visa salvar o planeta ou a espécie humana, tenciona apenas enganar as pessoas para que elas gastem mais dinheiro do que deviam para comprar coisas que elas não precisam (viva a propaganda!).
Além disso, vemos atitudes ferrenhas de pessoas influentes, como a atriz Sigouney Weaver e o diretor de "Titanic" e "Avatar", James Cameron contra a barragem do rio Xingu no Brasil para a construção da usina de Belo Monte no Pará, mas nenhum deles se manifesta quando o problema é nos EUA. Coincidência, não? A verdade é que a crise ambiental virou um problema porque foi pensada para isso, levando a humanidade a uma histeria coletiva, com problemas que só podem ser resolvidos através de compras. Compra de que? De qualquer coisa que os gurus do ambientalismo mandarem. E como todo grupo de animais age como uma manada, sem pensar, correndo até o precipício achando que está indo para a salvação, a humanidade parece ter desistido de raciocinar por si e passou essa função para ambientalistas supostamente preocupados com problemas dessa humanidade. Os líderes dessa manada, garanto, na hora "h" acharão um jeito de se esquivar e deixar apenas os idiotas se sacrificarem para que eles sejam salvos.
É por esse motivo que vemos iniciativas como "a hora do planeta", do Greenpeace. Chamam pela mobilização da população de todo o mundo para "salvar o planeta", apagando luzes para economizar energia elétrica e gerar menos gases de efeito estufa. Já discuti isso em outra postagem, não vou perder mais do meu tempo com isso. Mas será que as pessoas não pararam para pensar que países ricos e grandes empresas continuam a poluir o mundo enquanto colocam os indivíduos para fazer algo? Responda rápido a essas duas perguntas: Quem polui mais, você ou a empresa para a qual você trabalha? Quem tem mais poder e responsabilidade sobre essa poluição?
Se você, caro leitor, tiver algum conhecimento sobre a causa ambiental saberá as respostas certas. Então, se eu poluo menos do que a empresa em que trabalho e, como consequência ela terá mais responsabilidade que eu e mais condições de fazer algo, porque toda a mídia diz que a culpa é minha? A resposta é simples, mas precisei ouví-la de uma colega, a doutoranda em climatologia Daniela Onça, em uma palestra: o ser humano é tão insignificante para o planeta que ele gosta da idéia de ser considerado individualmente como responsável por algo, nem que esse algo seja o fim do mundo. Bem vindos à humanidade, gente.
Não estou dizendo que o ser humano é inocente de todas as acusações de crimes ambientais. Temos culpa de milhares deles. Mas uma parte da humanidade é usada, explorada, massacrada para ganhar um mínimo de dinheiro e fazer explorações pouco ecológicas no mundo. Enquanto isso, a outra parte, bem menor, ganha quantias exorbitantes de dinheiro poluindo o mundo e agora quer também ganhar dinheiro vendendo a imagem de ambientalistas bonzinhos. Tiremos os lucros capitalistas desses ambientalistas e veremos quem são os bonzinhos que ficarão para contar a história. Lembram do ditado "o último a sair apague a luz?" O movimento ambientalista se esvaziaria tão rápido que não haveria ninguém sequer para apagar a luz, de tão preocupados com o planeta. Não daria tempo. Estariam mais preocupados em inventar um novo problema para poder propor novas soluções que os fariam continuar ganhando rios de dinheiro. E o planeta? Esperam que ele exista por tempo suficiente para ganhar o máximo de dinheiro possível para poder comprar a sua efêmera existência quando a humanidade começar a definhar.

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"Quem não raciocina é fanático, quem não sabe raciocinar é um imbecil e quem não ousa raciocinar é um escravo"
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Sou apenas um brasileiro, professor de Geografia, crítico da Política e das "politicalhas" que vejo todos os dias por aí. Sou um cara simpático com meus alunos e amigos, totalmente antipático com e que não acredita mais em política, que gosta muito de dar aula, principalmente pela liberdade de expressar minhas opiniões e discutí-las com os alunos. Gosto de viajar, gosto do bom e velho Rock'n'Roll. Gosto muito de Geografia e de estudar os "matos" desse país. Acho mesmo que nasci no país errado: prefiro campo a praia, vinho a cerveja, frio a calor, morenas a loiras, honestidade ao famoso "jeitinho brasileiro". Enfim isso tudo. Quem quiser saber mais pergunte para meus amigos e alunos.

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Estamos caminhando por um mundo globalizado que não enxerga diferenças mais do que econômicas, por isso esse é um dos focos dos atuais estudos geográficos. Como amante, seguidor e professor dessa velha matéria, me sinto na responsabilidade de passar as idéias e atualidades desse contexto para os meus alunos e amigos, como quaisquer outros seguidores que vierem.

A visão é de uma pessoa que passou por diversas dificuldades e ainda passa, vivendo na periferia e tentando, a partir dela, criar certa resistência ao processo de desmonte da educação como um todo que acontece hoje no nosso país. Portanto, continuem se sentindo em casa, e não se esqueçam de comentar e dar suas opiniões sobre cada postagem. Como sempre, respondo aos comentários o mais breve possível.



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