
A consequência vem agora, com o vazamento de cerca de 6 milhões de litros de petróleo nas águas do Golfo, como visto na foto ao lado. Não é necessário dizer que esse é mais um desastre ambiental sem precedentes, que já é considerado pelo governo dos EUA como um dos maiores, talvez até o maior de todos os tempos a atingir a sua costa. Os cientistas não têm como fazer uma previsão sobre quantos litros de petróleo ainda serão derramados nas águas da região e nem qual o tamanho da área atingida. Sabe-se que uma grande área de exploração de peixes e camarões será afetada no litoral da Louisiana, assim como uma área pantanosa, com rico ecossistema. As autoridades estão fazendo de tudo para conter o avanço da mancha de óleo, mas as fortes correntes marinhas não estão permitindo, pois conseguem empurrar as barreiras para a costa. Certo mesmo é que ninguém estava preparado para tamanho desastre ambiental naquela região.
Em uma época em que muitas empresas alardeiam falsamente suas preocupações ambientais, entre elas a British Petroleum, desastres como esse já deveriam ser coisa do passado. Não há investimento real em produção de energias limpas porque isso não interessa aos grandes produtores mundiais de energias fósseis, assim como não interessa para países ricos, como EUA e Inglaterra, que teriam de trocar a fonte de energia de suas máquinas de guerra. Já imaginaram se uma nova tecnologia de energia para caças, helicópteros e tanques de guerra fosse inventada, fazendo com que tudo que existe hoje ficasse de repente ultrapassado? E já imaginaram o custo de fazer a adaptação ou a troca de todo material bélico existente par novas tecnologias mais eficientes? Garanto que isso não interessa aos países mais poderosos hoje.
Todos falam muito em preservação ambiental e naquilo que se pode fazer para "salvar o planeta". Primeiro que o planeta não precisa ser salvo, ele continuará existindo quando a raça humana for extinta (e não fará nenhuma falta!). Segundo que toda essa baboseira ambientalista não tem comprovação científica e não visa salvar o planeta ou a espécie humana, tenciona apenas enganar as pessoas para que elas gastem mais dinheiro do que deviam para comprar coisas que elas não precisam (viva a propaganda!).
Além disso, vemos atitudes ferrenhas de pessoas influentes, como a atriz Sigouney Weaver e o diretor de "Titanic" e "Avatar", James Cameron contra a barragem do rio Xingu no Brasil para a construção da usina de Belo Monte no Pará, mas nenhum deles se manifesta quando o problema é nos EUA. Coincidência, não? A verdade é que a crise ambiental virou um problema porque foi pensada para isso, levando a humanidade a uma histeria coletiva, com problemas que só podem ser resolvidos através de compras. Compra de que? De qualquer coisa que os gurus do ambientalismo mandarem. E como todo grupo de animais age como uma manada, sem pensar, correndo até o precipício achando que está indo para a salvação, a humanidade parece ter desistido de raciocinar por si e passou essa função para ambientalistas supostamente preocupados com problemas dessa humanidade. Os líderes dessa manada, garanto, na hora "h" acharão um jeito de se esquivar e deixar apenas os idiotas se sacrificarem para que eles sejam salvos.
É por esse motivo que vemos iniciativas como "a hora do planeta", do Greenpeace. Chamam pela mobilização da população de todo o mundo para "salvar o planeta", apagando luzes para economizar energia elétrica e gerar menos gases de efeito estufa. Já discuti isso em outra postagem, não vou perder mais do meu tempo com isso. Mas será que as pessoas não pararam para pensar que países ricos e grandes empresas continuam a poluir o mundo enquanto colocam os indivíduos para fazer algo? Responda rápido a essas duas perguntas: Quem polui mais, você ou a empresa para a qual você trabalha? Quem tem mais poder e responsabilidade sobre essa poluição?
Se você, caro leitor, tiver algum conhecimento sobre a causa ambiental saberá as respostas certas. Então, se eu poluo menos do que a empresa em que trabalho e, como consequência ela terá mais responsabilidade que eu e mais condições de fazer algo, porque toda a mídia diz que a culpa é minha? A resposta é simples, mas precisei ouví-la de uma colega, a doutoranda em climatologia Daniela Onça, em uma palestra: o ser humano é tão insignificante para o planeta que ele gosta da idéia de ser considerado individualmente como responsável por algo, nem que esse algo seja o fim do mundo. Bem vindos à humanidade, gente.
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