A preocupação com o futuro do planeta e as medidas de combate à degradação de seus recursos vem sendo evidenciados ao longo das décadas através de conferências e protocolos. Autoridades, estudiosos, cientistas, ambientalistas e demais pessoas e entidades definem processos ao meio ambiente. Muito já se ouviu falar em gestão ambiental, uma nova área do conhecimento que desenvolve políticas, programas e práticas que levam em conta a saúde, a segurança das pessoas e do meio ambiente, o desenvolvimento social e o desenvolvimento econômico, criando produtos orgânicos que amenizam o impacto ambiental, além, claro, de todas as propagandas conscientizadoras da responsabilidade social de cada um.
No entanto, não se pode esquecer que vivemos em um sistema social duvidoso. Os projetos, as políticas, programas e propagandas são interessantes, legalizados e postos em prática, porém essas novas medidas trazem conseqüências para toda cadeia de negócios, que vai desde a extração de matéria-prima, passando pela elaboração dos produtos e pela distribuição, até o produto chegar ao consumidor. E é assim que o marketing entra em ação, voltado para a gestão ambiental. A comunicação de marketing é voltada para a divulgação dos produtos verdes para os consumidores, revendedores, sociedades e públicos interessados, enfatizando a preocupação da empresa com o clima do planeta, com a renovação dos recursos da Terra. As ações podem ser as utilizações de papel reciclado na publicidade impressa, em campanhas de conscientização dos cuidados que todos devem ter com os ecossistemas ou um evento que mobiliza a sociedade para limpar rios e mares. E paralelo a isso, o lançamento de produtos verdes com o desenvolvimento de embalagens biodegradáveis, e com um menor ciclo de vida para que se possa reciclar depois. Claro, todos esses produtos são encarecidos, e como o lucro é sinônimo de capitalismo, não seria de se estranhar que essa fosse uma grande jogada de marketing mascarada por uma causa nobre e comovente.
Portanto, não basta que medidas assim vigorem apenas no papel. É preciso a colaboração de todos, sem exceção, principalmente de grandes indústrias que esquecem da sua responsabilidade social. Priorizar o desenvolvimento econômico sem se importar com a catástrofe ambiental que vem ocorrendo, e que provavelmente se agravará em médio prazo, pode acarretar problemas irreversíveis. Todos esses projetos, políticas, programas e propagandas não são apenas métodos que tentam amenizar o impacto ambiental, essas medidas, a cada devastação, a cada queimada, a cada rio poluído, passam a ser uma questão de sobrevivência. A polêmica é grande e o assunto repercute cada vez mais na mídia. Dinheiro não se come, e provavelmente essa seja a única teoria que o mundo venha a aprender na prática em um futuro não muito distante.
Stéfani Sasaki, autora do texto, é aluna do 3º ano do Ensino Médio no Colégio João Paulo I, em São Paulo. Escreveu esse texto a meu pedido, como parte das avaliações da disciplina Geografia no terceiro trimestre de 2007. A qualidade do texto me levou a colocar em prática um antigo desejo, o de publicar textos de boa qualidade dos meus aluno no blog (con autorização deles, é claro!). Espero poder repetir isso mais vezes aqui.