Interessante notar a participação dos países da Europa no conflito. Muitos simplesmente ignoraram a existência do problema, outros tentaram saídas negociadas. Mas foi quando os EUA entraram na jogada, bombardeando a Líbia, que a OTAN entrou em ação e tomou as devidas providências, ou seja, assumiu o controle das operações. No entanto, mesmo tendo assumido bombardeios e fechamento de espaços aéreos, a OTAN não apoiou oficialmente nenhuma insurgência e não tentou derrubar nenhum ditador, pelo menos até agora. O máximo foi ter acertado uma casa onde, dizem os Líbios, estava Muamar Gaddafi. No saldo geral, a população de muitos desses países continua e continuará escrava de ditadores que se aproveitam do apoio exterior para permanecer no poder apenas para manter a estabilidade do preço do petróleo, item indispensável para manter em funcionamento as forças armadas de vários países, especialmente os europeus (os EUA, como se sabe, importam a maioria do seu petróleo da pseudosocialista Venezuela de Hugo Chávez).
Não importa que a grande maioria da população desses países seja pobre, desempregada e analfabeta. A União Européia só exige melhorias sociais dos países que pretendem entrar para o seu grupinho fechado, então não se preocupam com esses fornecedores do mundo subdesenvolvido. Apenas não querem as guerras, fazem de tudo para diminuí-las ou terminar com elas. Não, eles não estão preocupados com a população e as mortes de civis. Estão preocupados sim com o aumento do preço dos combustíveis em seus próprios países.
Charge: Latuff (http://napraxis.blogspot.com)
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