Bem, não é preciso dizer que os senadores da oposição, que já derrubaram a antiga CPMF, também não deixarão passar, pelo menos a priori, a nova CPMF. Claro que tudo depende, afinal moramos no país do jeitinho, onde se propinando tudo dá. O certo é que sem abrir os cofres para os "projetos" dos senadores a nova CPMF não será aprovada no senado. Tendo consciência disso, o governo mudou de estratégia nesse momento. Em não tendo conseguido um acordo para votar e aprovar a CSS agora, resolver postergar a votação para evitar o desgaste dos parlamentares com os eleitores, afinal é ano de eleições.
Nesse momento, votar e aprovar a CSS significa perder muitos votos nas eleições de outubro. Nesse ponto, oposição e governo concordam plenamente: não vale a pena o desgaste. Terminadas as eleições, com o povo voltando à mesmice de seu cotidiano, será possível fazer acordos vantajosos para ambas as partes, com o dinheiro público, é claro. A população já estará entrando no clima de Natal, que começa cada vez mais cedo (não parece proposital?). Menos preocupado com a política, afinal os novos culpados já estarão eleitos, voltam para o panis et circensis típico do Brasil. Pão e circo, para que fique claro. E a votação da nova CPMF poderá percorrer os obscuros caminhos do senado e da câmara quantas vezes forem necessárias, na expectativa de gerar mais renda para políticos e partidos. Tudo isso regado pelo dinheiro público, que no nosso país não tem sentido de coletivo e sim de não pertencer a ninguém. Depois de muitas "negociações", a CSS muito provavelmente será aprovada. Bom para todos os lados, menos para o povo que sustenta os parlmentares mais caros do mundo, paga uma taxa de impostos já altíssima e que mesmo assim tem os piores serviços públicos do planeta. Não sei, mas não me parece muito coerente. Fazer o que? Se só vejo o povo na rua reclamar do Dunga, deve estar tudo bem e eu que sou o chato!
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