Quem produzia açúcar, pode muito bem produzir álcool e a europa não dependeria do Brasil se quisesse mesmo entrar na onda do etanol. Me parece interesse estratégico, apesar de a maioria das pessoas ou não ter ligado ou quererem minimizar o fato. Mas o mais engraçado foi ver do mesmo lado norte americanos, cubanos dissidentes e até mesmo Fidel Castro. Juntos sim, mas no lado das reclamações.
Fidel disse que desprezava a hipocrisia que a medida de U.E. representa. Em muitos aspectos, deve ser o mesmo desprezo que tem pelas aberturas que o seu irmão, Raul Castro faz no país agora que é presidente. O governo dos EUA minimizou a questão, mas a verdade é que trabalhou firmemente para que essa decisão não acontecese. Não conseguiu. Na sexta-feira, dia 20/06, o porta-voz norte-americano declarou que a U.E. deve fixar "um certo número de critério humanitários" para dialogar com os cubanos. Entre esses critérios, a libertação dos prisioneiros políticos e o respeito às convenções internacionais sobre direitos civis e políticos, liberdade de informação e acesso à internet. Vindo de uma das nações menos democráticas do mundo, chega a soar estranho esses, digamos assim, "desejos". Enquanto isso, dissidentes reclamam da posição da U.E. afirmando que o governo cubano ainda não é exatamente um governo democrático. E nisso tem toda razão.
Mas ao que parece, a questão política novamente é apenas um pano de fundo para as questões econômicas que envolvem o mundo agora. Se houver um acordo comercial, a U.E. pode investir em produção de combustíveis em Cuba, filão de mercado que os EUA estão deixando passar. É como eu sempre digo: não é o problema ambiental, muito menos o político. O grande problema é sempre econômico, estão todos de olho em mercados promissores como o Brasil e Cuba para talvez modificar sua matriz energética, não depender tanto assim do petróleo e de quebra tirar poder político e econômico da OPEP. Quem é contra? Os EUA, que por ideologias ultrapassadas perderam a chance de ajudar Cuba para se beneficiar depois, como foi feito na independência do Panamá e na construção do seu canal ligando os aceanos Atlântico e Pacífico. Parece que esqueceram como fazem a sua política externa. Agora é torcer para que essa parceria demore para sair para que, com o tempo, quem sabe até entrar no negócio. Só o tempo dirá.
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