O filme Ilha das Flores é um documentário que conta de um modo bem divertido, irônico e até às vezes medonho, a mecânica da sociedade de consumo. Como se gera dinheiro e riquezas entre as pessoas e como isso pode causar um grande impacto para a sociedade, atrapalhando e dificultando a vida das classes menos favorecidas.
Muitos dos tons usados pelo filme se contradizem com as imagens, gerando uma certa ironia e desprezo e uma quebra de expectativa de quem estiver assistindo-o. Ele pode ser considerado um filme engraçado e sem sentido, mas o diretor usa esse modo de expô-lo para que no final haja um certo choque no telespectador pelo fato dele soltar toda a horrível realidade em que nós vivemos, de uma vez só.
A história toda gira em torno do tomate, colhido nas plantações do senhor Suzuki, que tem relação com diversos personagens. Tanto ele sendo colhido na plantação quanto estragado e indo para o lixo, vai compondo um refrão repetido, que é o mais usado pelo filme.
Uma das primeiras ironias que aparece de cara no filme é a frase "Deus não existe". Eles querem expressar com essa frase o exemplo de que se existisse Deus no mundo, nada do que é abordado no filme como a fome e a pobreza existiria.
Outro exemplo de ironia evidente no filme é quando se fala que o ser humano possui um telecéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor que permite realizar melhorias no planeta como plantar tomates, enquanto a imagem mostrada é a da explosão de uma bomba atômica.
Um outro exemplo abordado é quando o filme mostra a alimentação de porcos e pessoas de Porto Alegre com os restos jogados no lixo por outras pessoas. Eles tiram o que é "bom" para a alimentação dos porcos, e aquilo que foi considerado impróprio para os porcos é dado para a alimentação de mulheres e crianças, pelo fato de eles não terem dinheiro e nem dono.
Literalmente é disso que o filme trata: da inversão de papéis a ponto de seres humanos serem tratados como animais e ficarem abaixo dos porcos na hora da escolha de alimentos e da grande desigualdade que existe no mundo, ocasionando na fome e morte de milhares de pessoas que por falta de dinheiro e recursos não podem "participar" da sociedade em que nós, seres humanos, vivemos.
Cláudia A. Euquime, autora do texto, é aluna de 3º colegial do Colégio João Paulo I. Escreveu essa redação por solicitação do seu (chato) professor de Geografia, ou seja, eu. Segunda vez em um ano que consigo publicar textos de alunos por aqui. Valeu, Claudinha!!!
2 comentários:
Que chiqueee a minha amiga! rs
Adoreii o texto!
Beijo profs!
Vc viu, Renata? Espero que tu seja a próxima...
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