
Chuvas, de novo!

O que continuamos a ver é: chove, alaga, desliza, pobres morrem, imprensa faz alarde, políticos fazem promessas que nunca serão cumpridas, parentes choram. É sempre assim no nosso país.
Nesse ano os que mais sofreram foram os moradores de Minas Gerais e Rio de Janeiro, com muitas enchentes, alagamentos, perdas materiais e mortes. O destaque dos desastres da administração pública do Brasil nesse ano de 2012 ficou para o ministro da integração nacional, Fernando Bezerra, que destinou mais de 90% das verbas para seu estado de origem, Pernambuco.
A desculpa esfarrapada foi a de sempre: as verbas foram destinadas com o conhecimento da Casa Civil da presidência da república e só o estado de Pernambuco fez os projetos como deveria e a tempo. Metade disso é verdade, a presidência sempre sabe das coisas, principalmente as erradas, feitas para favorecer os comparsas, quero dizer, aliados políticos. O resto é capim para o gado mascar, ou seja, desculpinha para enganar o povão que quer ser enganado.
Não é possível crer que nos estados do RJ e MG inteiros não haja nenhum profissional em nenhuma secretaria de meio ambiente capaz de fazer um projeto para receber verbas do governo federal, especialmente com os históricos de problemas desses estados.
Resumindo: o que foi falado sobre a destinação de verbas é a mais pura mentira, que apenas os burros ou os que estão envolvidos acreditam. As verbas foram destinadas para Pernambuco pelo simples fato de que aquele estado é o curral eleitoral do senhor ministro e seu filho deve sair para candidato a uma prefeitura nas eleições desse ano. Portanto, é necessário criar uma boa imagem para que o filho do ministro seja eleito. Nada mais.
Sabemos que essa é apenas mais uma das muitas manipulações que são feitas em ano de eleições, com a anuência dos governos em todos os níveis de administração. Mas nada disso deve ser para se preocupar, afinal são só pessoas morrendo. Considerando que muitos dos que morrem são crianças e idosos, que não votam, esses cadáveres não fazem a menor diferença para as contas dos políticos em ano de eleição. Continua valendo o lema com relação à política: Brasil: um país de otários!
*Ver outras postagens: "Chuvas! Adendo"; "Que venham as chuvas!" e "Tragédia em Santa Catarina".
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