Crise! E voar que é bom...
Fica difícil deixar de falar aqui das repetidas crises da aviação no Brasil, que curiosamente começaram por volta de seis meses atrás, quando da queda do avião da Gol. A última crise, ocorrida no dia 30/03/2007, originou-se de uma greve realizada pelos controladores de vôo, que resultou em uma paralisação dos principais aeroportos do país. Como se já não bastasse a paralisação de um serviço essencial à nação e todos os problemas decorrentes, o governo federal que deveria ser parte da solução, resolveu ser parte do problema. O presidente Lula mandou que ministros civis entressem em negociação com os controladores amotinados (eles são militares, lembram-se?) para resolver a questão. Consequência: alguns militares, superiores dos amotinados, abandonaram seus postos alegando não ter mais autoridade sobre eles, uma vez que civis negociavam inclusive a não-punição dos grevistas. Com a quebra de autoridade abriu-se caminho para uma série de reclamações por parte das forças armadas, que o governo tentou contornar com reuniões de emergência. Abriu espaço também para a tão esperada desmilitarização do setor aéreo. O governo federal se esqueceu de que as organizações militares são baseadas em hierarquias, que não podem ser desrespeitadas. Tanto isso é verdade que nem mesmo o Ministério do Trabalho se manifestou sobre a greve, considerada um problema do círculo militar. Sem resolver o problema, sem previsão para resolver o problema e sem noção das consequências de seus atos, está parecendo que o Governo Lula está mesmo precisando de um "Norte".
Charge: Ivan Cabral (original para o Diário de Natal)
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