Um turbilhão de ideias!

O Oriente, em média.

Sempre é muito difícil falar sobre a situação do Oriente Médio sem cometer erros. Primeiro porque é uma realidade tão distante da nossa que as vezes é até difícil entender o modo de vida. Mas com um pouco de estudos podemos chegar à algumas conclusões e jogar o jogo dos sete erros.
A grande briga que existe na região hoje é a presença do Estado de Israel e a sua atuação durante a sua curta existência. Essa história começa com um louco chamado Adolf Hitler, que por qualquer motivo, tinha raiva dos judeus. Várias são as especulações, mas talvez uma das mais inteligente é a de que os judeus têm por hábito viver em grandes comunidades de onde saem os casamentos. Dessa forma, mesmo que insconscientemente, eram uma "raça pura", uma ameaça à doutrina ariana dos nazistas, uma vez que faziam concorrência à esses. Ligações doentias de várias mentes insanas, o que levou à morte milhões de pessoas. Então deveríamos evitar ouvir certos representantes de igrejas dizendo que o holocausto não existiu. De alguém cego, surdo, sem cérebro e nascido do cruzamento de um poste com uma porta eu aceito que fale que não houve holocausto, do contrário não.
Como foram os mais perseguidos e assassinados durante o regime nazista, ao término da guerra a ONU defendeu, no que foi apoiada pelos aliados vencedores, a criação do Estado de Israel. Até aí não vou dizer que sou contra, até porque o acordo previa a divisão das terras palestinas e a formação de dois Estados. Aí temos outro erro, pois a ONU criou o Estado de Israel e nunca tentou criar o Estado Palestino. É de se esperar que os palestinos não tenham gostado muito disso. A Liga Árabe entrou em guerras, perdeu guerras e terras, como a península do Sinai (Egito) e as colina de Golã (Jordânia). Nesse processo, os EUA intervieram e apoiaram o novo Estado, gerando ainda mais revolta nos Palestinos. De lá para cá o que temos são muitos conflitos, com erros de todos os lados. Israel anexa o território que seria a Palestina, que nunca teve o Estado reconhecido e nessas áreas são construídos grandes assentamentos de israelenses, que têm prioridade no consumo dos recursos naturais, especialmente a água. Duas áreas ficaram sobre o controle palestino, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, onde grupos armados com mísseis e bombas tentam em vão combater o estado de Israel. Proporcionalmente, é como se uma borboleta tentasse derrubar uma montanha com o bater de suas asas. O que não significa que Israelenses não estejam morrendo. O problema é que todas as vezes que palestinos atacam Israel, a resposta é o equivalente a uma montanha caindo em cima de uma borboleta para evitar o seu bater de asas. É muito eficiente, por isso muita gente morre e não me importa o lado. Morre gente demais (mais de um já é demais para mim), há muito tempo e em um conflito sem perspectivas de fim.
Sob o ponto de vista desse ocidental, geógrafo e nascido no país que reinventou termos como corrupção e descaso, a coisa é relativamente simples. Todos estão errados: EUA, por intervir e fornecer recursos, tecnologia e soldados para que o Estado de Israel se expandisse no território que deveria ser dividido; a ONU, excelente para fazer contas e inútil em todo o resto, pelo não reconhecimento do Estado Palestino; os Palestinos, porque querem acreditar que homens e mulheres-bomba vão resolver a discussão. Não vou discutir religião aqui, mas estou para ver povo que tenha mais propensão para o suicídio; os Israelenses porque se desenvolveram muito, cresceram em economia e tecnologia, ficaram com quase todas as riquezas, agora discursam sobre a paz. Além disso, a construção dos muros ao redor da Faixa de Gaza e Cisjordânia pode ser eficiente para barrar os homens-bomba mas também provoca desbastecimento e fome, além de acirrar discussões sobre "novos campos de concentração". O Egito também está errado por permitir a construção de túneis na divisa com a Faixa de Gaza, por onde entram as armas que atingem os Israelenses. E o que falar do governo do Irã, que não reconhece a existência do Holocausto e do Estado de Israel? Lembram da descrição que eu dei para quem não acredita no Holocausto? Esses se encaixam.
Em suma, não tem solução. A única forma de haver paz no interior daquele território é um dos dois povos ser extinto, o que alguns classificariam como genocídio. Mas não creio que essa seja uma sugestão que deva ser feita. É perigoso alguém levar a sério.
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1 comentários:

Unknown disse...

Não me acho no direito de julgar os palestinos e Israel como todos fazem, dizendo q eles são loucos, que estão brigando, q a guerra santa é loucura é bla bla bla... Acredito que cada um tem seus motivos, religiosos, ideológicos, políticos... quem é q vai convencer os caras a sair d um lugar q eles tem convicção d q é a "terra prometida dada por Deus a eles??" e quem é q vai julgar um povo q viveu milhares de anos de anos em um lugar e de uma hora pra outra simplesmente não são mais "donos" daquele lugar... Pelo jeito o uso capião naõ resolveu mta coisa... ahhahaha

Mas com toda certeza do mundo... Acabar com vidas definitivamente não é a melhor solução...
Gente burra apela para medidas extremas e não pensadas, ou apelam para a ONU ou os EUA...

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"Quem não raciocina é fanático, quem não sabe raciocinar é um imbecil e quem não ousa raciocinar é um escravo"
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Sou apenas um brasileiro, professor de Geografia, crítico da Política e das "politicalhas" que vejo todos os dias por aí. Sou um cara simpático com meus alunos e amigos, totalmente antipático com e que não acredita mais em política, que gosta muito de dar aula, principalmente pela liberdade de expressar minhas opiniões e discutí-las com os alunos. Gosto de viajar, gosto do bom e velho Rock'n'Roll. Gosto muito de Geografia e de estudar os "matos" desse país. Acho mesmo que nasci no país errado: prefiro campo a praia, vinho a cerveja, frio a calor, morenas a loiras, honestidade ao famoso "jeitinho brasileiro". Enfim isso tudo. Quem quiser saber mais pergunte para meus amigos e alunos.

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Estamos caminhando por um mundo globalizado que não enxerga diferenças mais do que econômicas, por isso esse é um dos focos dos atuais estudos geográficos. Como amante, seguidor e professor dessa velha matéria, me sinto na responsabilidade de passar as idéias e atualidades desse contexto para os meus alunos e amigos, como quaisquer outros seguidores que vierem.

A visão é de uma pessoa que passou por diversas dificuldades e ainda passa, vivendo na periferia e tentando, a partir dela, criar certa resistência ao processo de desmonte da educação como um todo que acontece hoje no nosso país. Portanto, continuem se sentindo em casa, e não se esqueçam de comentar e dar suas opiniões sobre cada postagem. Como sempre, respondo aos comentários o mais breve possível.



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