Agora todas as operações financeiras estarão sujeitas a uma carga de impostos muito maior e todas as tarifas bancárias irão aumentar. Ou seja, o povo vai continuar pagando a CPMF, agora com outro nome, mas com uma diferença: vai pagar muito mais caro por ela. Ou o governo acha que bancos e financeiras não vão repassar esses aumentos para o consumidor? Se eles acreditarem mesmo nisso...bom, não vou nem discutir, eles sabem que os aumentos serão repassados e estão pouco se importando com isso.
Sem contar ainda que a perda da CPMF vai virar desculpa para que qualquer projeto seja parado, por falta de verbas. Como se o sistema de saúde recebesse investimentos! E dizer "certamente, as pessoas que votaram contra [a CPMF] não usam o SUS. Se usassem o SUS, eles não votariam contra" apenas demonstra a falta de conhecimento do presidente. O SUS nunca funcionou, com ou sem imposto. Não faz diferença!
O belo discurso presidencial em que ele afirmou que não haveria aumento de impostos, elogiado até por adversários políticos, foi por terra quando o ministro Guido Mantega anunciou o pacote econômico e, ironicamente, disse que os acordos que se referiam a não aumentar impostos eram relativos ao ano de 2007. Alguém deve ter dito que a piada era boa, que ele era engraçado e o pobre coitado acreditou. Mas os palhaços de verdade não estão rindo, porque vão ter de pagar a conta. De novo.
Aumentar impostos eles sabem, mas fazer uma reforma tributária está fora dos planos, certo? Infelizmente, as consequências desses atos não serão boas para a economia. Ao cobrar mais impostos, a quantidade de financiamentos deve cair, desacelerando a economia e a indústria. Ruim para o povo, ruim para o governo, bom para a oposição (ano eleitoral, lembram?). E para quem acreditar que o podre partido governamental e seus cúmplices irão mesmo reduzir gastos públicos, eu tenho um ótimo terreno na LUA para vender. E o corretor é o Papai Noel.
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